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Destaques

Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

Equilibrista de circo.

Em minha infância, um momento muito saboroso de minhas alegrias, era ir ao circo. La víamos, palhaços, feras, mágicos, trapezistas, profissionais do globo da morte, enfim, cada um, em uma especialidade. Com o passar dos anos, descobri com tristeza, que a bela trapezista era a moça da portaria, e o apresentador era o diretor e o palhaço do circo. Essa era a grande verdade do circo, todos faziam tudo, inclusive vender os ingressos. Até o pipoqueiro eu vi no picadeiro. Na época, uma decepção. A minha inocência não concebia que o circo era pequeno e não tinha toda aquela gente que se apresentava no picadeiro. Mas a vida é assim, muita fantasia e pouco espetáculo. O mercado e na politica não diferem muito. Somos equilibristas, em busca de um prato perfeito para girar na ponta da vareta. E quando conseguimos, buscamos novos pratos, e mais, mais... Lembrando essa verdade de minha vida, olho o mercado hoje. Vivemos tempos em que os pratos pararam de girar, o trapezista esta sem rede, o palhaço perdeu o picadeiro, e a pipoca está murcha. Esta é a realidade do mercado, a lona caiu. O evento da pandemia, pôs a descoberto toda a trama de poder que havia nos bastidores da politica e suas ramificações no mercado, ficou visível que os interesses políticos estão contaminados e embrenhados do mercado. Hoje, é quase impossível distinguir o que é de interesse publico e privado. As ações de uma empresa, sobem e descem segundo movimentos políticos orquestrados para o fortalecimento ou enfraquecimento de determinado seguimento econômico. Organizar as forças que regem o mercado e pautam a política, é coisa de equilibrista de prato. Uma correria constante dos protagonistas e um desespero marcante na plateia. O que hoje parece uma ação política orquestrada, amanhã revela-se uma panaceia inócua. Os sinais vindos da china apontam para uma redução do apetite do dragão. Um crescimento menor do que o esperado em 2021 pode ser o resultado disso, o gingante asiático, começa a desacelerar. A necessidade de corrigir os índices de poluição, a regulação dos ganhos pessoais, o controle ideológico, forçam um ajuste sem precedentes na história recente. O que resta saber, é se, são ações orquestradas ou aleatórias em busca de redução de potenciais focos de incêndio. A necessidade de mudança da matriz energética para uma menos poluente, deve pautar os próximos passos, esse movimento deve provocar uma reorganização de toda a cadeia produtiva daquele país e por consequência em todo o parque industrial no mundo. O mercado hoje tem consciência, de que, colocar todos os ovos na mesma cesta, é temerário, e deve realizar um movimento no sentido de reorganizar os sistemas produtivos mundo afora. A política tão festejada, do fique em casa, agora entrega sua conta. A Desorganização do setor produtivo e o desabastecimento, são as sequelas, desta que foi, a pior pandemia da humanidade, “a burrice”. O desafio agora, é conseguir colocar esse trem nos trilhos, nessa tarefa o Brasil terá grande importância e a maior oportunidade de sua história, suprir o mundo de alimentos e matéria prima. Para isso é necessário boas estruturas de logística, estratégia e dirigentes com interesse em fortalecer o país, e fundamentalmente, saber ocupar o protagonismo que está reservado para a nação. O amadurecimento dos dirigentes empresariais, será outro ponto fundamental para essa tomada de posição, O país tem como assumir a posição de agente de mudanças no equilíbrio de forças da geopolítica global. Esse posicionamento impactará a cadeira de negócios dentro do país, o mundo precisa de um rumo, e grita por uma liderança. O cenário economomico no mundo hoje, aponta índices de mercadorias, como óleo e minério ferro, indicando altas e ouro indicando baixa. Este seria um de mercado em alta em tempos normais, mas para a surpresa, o mercado indica baixa nas principais praças de negociação. Dentro do mercado interno, os sinais de necessidades no setor energético, devem transformar os ativos desta área, em boas fontes de lucros, os sistemas de logísticas, a área financeira e serviços especializados, devem sentir o impacto dessa movimentação. A busca de fundamentos, que indiquem o potencial das companhias, é uma tarefa para se fazer em casa. Apesar do pessimismo reinante, os sinais que se mostram no horizonte são de uma retomada forte nos impulsos de recuperação. Após o impacto de uma catástrofe, vem o medo do futuro e a vontade de renovação da vida, estamos chegando a essa que será a nova fase desta loucura que foi 2020. Um olho no peixe e outro no gato, ovos se guardam em cestas separadas. Caldo de galinha e cautela, sempre foram conselhos de mãe. Tenham um bom dia e bons negócios.

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