A não ser no interior de São Paulo, mais precisamente a Região de Ribeirão Preto e Franca, que tiveram um temporal com imagens apocalípticas, os ventos no mercado internacional e local sopram mornos.
No cenário internacional, a posição do FED de apontar suas pretensões, indicando o início da redução dos estímulos ainda este ano, acalmou um pouco os ânimos. Contribuindo com esta posição, a Europa com as eleições na Alemanha, indica um equilíbrio de forças nas urnas, isto forçará uma coalizão muito complexa e que exigirá muita negociação das correntes políticas, o que poderá levar a um equilíbrio, e quem sabe, a um rumo mais claro. Em Portugal os sinais são de que o país decidiu seguir novo rumo, se distanciando do socialismo mais enraizado e indo em direção ao liberalismo.
Pelos lados do oriente, a nuvem dos riscos no mercado imobiliário ainda não se dissipou. Pequim segue monitorando o possível impacto disto em seu mercado interno, a injeção de estímulos segue firme, por outro lado, as ações de controle do sistema produtivo também seguem forte. A orientação para que os grandes consumidores de energia reduzam ao máximo o uso dessa importante ferramenta de produção, tem se intensificado,a repreção as moedas virtuais pode ser um sintoma disso, esse garimpo consome muita energia, um luxo que o pais não tem nesse momento. Uma grande fabricante e alumínio, produto de grande importância hoje na indústria em geral, recebeu a recomendação de redução de sua produção, o alumínio tem a energia na condição de matéria prima, fontes apontam que esta estratégia se deve aos fatos de que a limite da capacidade de geração de energia está próximo, juntamente com o auto custo do carvão para a matriz energética. Os índices de poluição e a necessidade de limpeza do ar, com vistas aos eventos olímpicos previstos aos próximos meses, também estão no cardápio.
No mercado interno, os temores de o governo tomar medidas populista com vistas às eleições de 2022, atormentam os analistas do mercado. Algo que, particularmente não vejo risco. O que vejo, é um firme propósito de consolidar a economia e a condição fiscal, para um crescimento solido e embasado, porém, equipar os menos amparados, de mecanismos de defesa contra a miséria, e encontrar uma forma de retornarem a plena condição de seguirem por si, deve ser uma meta importante para o país.
As reformas devem seguir, mesmo que em ritmo lento em direção a uma solução. Há um certo consenso de que o país precisa sair dessa camisa de forças em que foi engessado nos últimos anos. Estas reformas são complexas e de difícil execução, mas precisamos que elas ocorram.
Mundo afora os mercados refletem uma certa tranquilidade apesar de notícias preocupantes.
O dia no mercado interno deve acompanhar a onda de alta do mundo, o dólar segue ainda pressionado, porém deve receber um refresco devido ao anuncio do BCB, de que irá suprir a necessidade dos bancos de se prepararem para o fechamento do ano, em busca de dólares para honrarem suas posições nos balanços.
Previsão, mercado com leve alta e dólar ao sabor do humor do mercado.
Bom dia traders, um olho no gato do gráfico e outro no peixe das planilhas, e segue o baile, que o gaiteiro tem muito fole pra soprar.
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