E assim terminamos a semana, num vai e vem que arrepia o mercado.
Quando o mundo vai numa direção a Bovespa vai em outra. Os fundamentos econômicos não se aplicam.
Esse embolado que segue o mercado mundial, onde incertezas e medos são cultivados como soja e milho nos campos, mantêm os nervos em frangalhos.
Crise energética, desorganização logística, elevação dos fretes, falta de mão de obra, desemprego. Um show de contradições.
O mundo deseja retornar ao seu ritmo, mas a gritaria de que, “o meu problema é maior”, mantêm o caos no centro da mesa.
Hoje não há uma liderança com rumo certo, e onde há, malham como o judas, para que não consiga produzir uma direção. Esse é o cenário deste momento.
Há um anseio latente por ordem e sequência. As pessoas já não suportam mais este estado de coisas, o medo e a insegurança são o efeito colateral do que foi essa “crise sanitária”, a manutenção desta condição pode desembocar em uma desorganização definitiva e a derrocada de toda a estrutura que a sociedade construiu ao longo dos séculos.
Se chegarmos a este extremo, com certeza a frase atribuída a Albert Einstein, de que ele não sabia como seria a terceira guerra mundial, mas sabia que a seguinte seria com pedras e paus, terá sentido.
Recuperar a sanidade neste momento é imperioso, a luta pelo poder que se mostra, nos números do mercado, afetados pela política, e esta, pelos interesses econômicos, demonstra que os cães hoje lutam por um quinhão da caça e se esquecem que amanhã terão que caçar novamente.
A carência de mão de obra não tecnológica, que tem afetado o sistema de logística e a recuperação da produção industrial, sinaliza que o avanço rumo a super industrialização não está assim tão adiantado.
O mundo precisa respirar, e isso não é um apelo ecológico, é um alerta de que o ritmo, não está correto, a migração para uma matriz energética “limpa” ainda está longe de se consolidar. Há muito atraso em outras áreas que precisam de atenção.
Ir para o espaço, num momento onde a fome ainda é a principal causa de mortes é uma ironia, se não uma maldade.
Com este cenário a luta de todos se torna cruel e desumana.
Falar em temas assim em um blog voltado a entender o que o mercado de capitais é, parece tolice, mas estes são os fundamentos que regem os interesses humanos, eles impulsionam as ansiedades e os desejos de cada operador e de cada investidor. As decisões destas pessoas influenciam a vida das demais pessoas do planeta, que por sua vez reagem aos estímulos que lhes são impressos, e assim gira a roda da vida.
O mercado de capitais é muito mais que números, perdas e ganhos. São vidas que nascem e vidas que se perdem. Humanizar este reduto, é buscar um equilíbrio entre o avanço necessário e o resgate dos que para trás ficam.
Um bom fim de semana para aqueles que me acompanham, para o mercado, e para os que ainda não acordaram para essa vida.
Um olho no monitor e um na planilha, suas decisões afetam a você, a mim, e a criança faminta na “África”.
Simples assim.
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