Definir direções em um mundo conturbado e caótico é muito estranho.
Não há sinais visíveis dos caminhos.
Aqueles que seguem na estrada, buscam abrigo para a proteção da chuva, esse é o único objetivo da maioria dos transeuntes, se abrigar da tempestade.
Em 2020 atravessamos uma tempestade que pode ter sido precipitada. O que fica desse ano é a pergunta da causa da precipitação. Muitos dirão que foi a crise sanitária, eu tenho minhas dúvidas.
Ao meu ver, o temor com a saúde foi a desculpa para a precipitação, esse movimento de reacomodação da sociedade vinha se acumulando de forma latente, havia uma pressão crescente para uma mudança social.
Esta mudança chegou, no tempo certo?
Aí está a questão, por que agora?
O rescaldo dessa crise é que irá desvendar estas questões.
O impacto que foi gerado na economia e na vida das pessoas, foi de tal monta, que muitos perderam o rumo de suas vidas e de entes queridos.
Qualquer posicionamento relativo as causas reais que levaram a essa mudança brusca e atabalhoada de paradigmas, é devaneio e especulação.
O que restou disso tudo é uma sociedade questionando suas crenças, a desorganização logística, a descontinuidade produtiva, o desabastecimento e a consequente inflação, que de início seria temporária, mas que dá sinais de persistência prolongada.
Diante desse horizonte passado, o mundo busca uma saída para essa etapa da história.
Há um ditado que diz, “em casa que falta pão, todo mundo grita, mas ninguém tem razão”.
Com esta máxima, os executivos governamentais e privados, buscam uma saída.
Entre os autos e baixos nestes dias, os números vindos dos EUA e da China, trazem um certo temor, com os índices de inflação em elevação e desequilíbrios nos sistemas financeiros e produtivos.
Falando de mundo real, O conglomerado Chines da construção civil, honrou em parte seus compromisso, e teve uma elevação no valor das ações na bolsa Asiática. Este sinal é decorrente de interferência da autoridade governamental no mercado, visando o desmonte da bomba que vinha sendo construída no setor imobiliário daquele país.
Com essa noticia o mercado de minério de ferro teve forte elevação atingindo 7%, o petróleo apesar do governo americano indicar disposição de liberar suas reservas, segue hoje com pequena elevação na casa de USD$ 83/84, isso demonstra que o mercado acredita numa recuperação da economia apesar dos sinais de pressão inflacionária.
Com esse movimento os mercados dão sinais de elevação na Ásia, Europa e EUA.
Por aqui no Brasil, a batalha dos precatórios segue agora para o senado que promete mais luta antes de se entregar.
A ação impetrada no supremo tribunal para a suspensão das emendas parlamentares do orçamento, é considerada um trunfo pela oposição. Coloco aqui uma questão, será mesmo que o governo queria que estas emendas fossem efetivadas. Sei não, tenho minhas dúvidas.
Com tudo isso o mercado deve seguir hoje oscilando em margens pequenas, mesmo com a divulgação de números dos balanços que até agora tem sido animadores.
A volatilidade política interfere pesadamente nas condições do mercado. Isso é Brasil.
O dólar também deve brincar nesse parquinho, com propensão a uma leve queda à medida que o mercado de renda fixa nos EUA está fechado hoje por feriado.
Se esta última percepção se confirmar a bolsa pode ter um dia de bons números.
São visões contraditórias, mas contradição é a marca dessa terra.
Um bom dia e fique alerta aos sinais.
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