E os temores estão de volta.

Olhando as notícias, volto a minha infância. Quando íamos ao circo, geralmente pequeno e bem simples, morava no interioooorzão, como se diz por aqui. O momento que mais me chamava a atenção, era quando o falso equilibrista “chinês”, geralmente paraguaio, Rsrs, adentrava ao picadeiro. Como em um ritual todo ensaiado, ele se punha a equilibrar uma carreira interminável de pratos, que quando caiam viravam milhares de cacos. Mas a nossa torcida era para que ele conseguisse manter todo aquele conjunto de objetos girando, isso nos maravilhava e nos levava ao mundo do poder e da vitória. Hoje novamente me deparo com o caos e o desequilíbrio provocado por um Chinês, agora autentico. A crise desencadeada no ano de 2020, trouxe a desordem ao mundo. O que me deixa desolado, é o fato de que o equilibrista não deseja a beleza e a harmonia dos pratos girando na ponta da vareta. Para que o espetáculo dele seja completo o mundo deve ficar em milhares da cacos, como os pratos daqueles picadeiros de tábuas. Assim tem sido desde o inicio do ano que deixamos para trás, já se vão dois anos desde as primeiras notícias, e quando alguma harmonia se desenha no picadeiro, um prato é derrubado para o temor da plateia. Nestes tempos pós normal, conseguir realizar objetivos e sonhos tem sido uma ilusão. Diariamente o picadeiro é removido e novo terreno é colocado sobre nossos pés, a plateia é iludida e levada ao mundo da mentira e da censura. Assim tem sido os dias, expectativas e temores, são os sentimentos que adentram o mercado. O resultado do que ocorreu no ano passado chega com sua conta, alta. A parada para ver o que ocorria, levou a desorganização produtiva e ao caos na logística mundial. Colocar a economia em marcha tem sido o desafio dos capitães das empresas. Governantes buscam soluções para recobrar a confiança em suas ações, a pessoas não confiam mais em si, a incerteza reina nas cabeças. Neste conjunto de condições, qualquer movimento inesperado desencadeia uma nova onda de pessimismo e descrença. E o peso do desanimo nos abate. Olhar tudo isso tem sido um desafio, aqui, para aquele que escreve estas linhas. Vejo um horizonte de alegrias e certezas, mas os olhos do mundo estão turvos pela cegueira consentida. Muitos desejam lutar, mas seus músculos estão adestrados ao esforço inútil de resistir as transformações que se avizinham. Vivemos um tempo de reformas, de novas posições e de novos caminhos. Repercutindo todo esse pessimismo, o mercado hoje amanhece apreensivo, com noticias da primeira morte pela nova variante e no aguardo da reunião que deve acontecer no comando do Banco Central Americano. As bolsas na Europa e nos EUA, brincam na barreira do +0-0, o petróleo teima em manter um pequeno índice de alta, o minério de ferro hoje, trabalha abaixo da linha, com queda de 0,6 pontos percentuais, o dólar, segue sua trajetória de alta devido a demanda sazonal de férias e ao fechamento de balanços internacionais. Por aqui o dia deve seguir com esta mesma tendência. No dia de ontem a bolsa chegou a buscar alta impressionante, mas não resistiu à pressão, fechando em queda, que deve se prolongar no dia de hoje. Até que o resultado da reunião lá nos EUA venha a público, o cenário deverá seguir nesse patamar. Num dia de aspecto chuvoso, algo meio que dow, seguimos atentos aos fatos, aos boatos, e as tendências. Bom dia, e bastante atenção em seus movimentos.