Para onde vamos?

O sentimento de desanimo ainda reina. O mercado aguarda as reuniões dos Bancos Centrais dos EUA e da Europa. Por lá eles ainda estão pensando se reprimem as forças que impulsionam a inflação que hoje assola o mundo. A alta dos juros nestes mercados deve reacomodar a economia global. O temor dos investidores é que essa ação seja em dose cavalar, causando uma nova parada na economia, o que poderia realimentar a espiral inflacionara. Calibrar a retomada econômica depois da série de erros cometidos pela “causa” sanitária, é o grande desafio. Chegamos a um “quase reset” de toda maquina econômica mundial. Essa manobra que parece ter sido proposital, desandou em uma desorganização da delicada estrutura nas economias locais. Em um mundo interconectado com vivemos hoje, os custos disso são desastrosos. Estivemos muito próximos a um shutdown em todo o mundo. Assim como o forno de uma siderúrgica, uma parada a nível global, levaria muitas populações a uma condição abaixo da miséria e outras a um mundo de barbárie. Acredito que o susto em muitos governantes foi grande. Por em marcha toda essa maquina gigantesca que se tornou a economia globalizada, vai demandar muitas noites de sono e alguns trilhões de neurônios. Não dá para parar o mundo. Não há como descer. A retomada aguarda as decisões dos Capitães da economia em seus Bancos Centrais. Por isso o mercado hoje inicia os pregões sem uma direção definida, o petróleo segue em leve queda sempre ao sabor das ultimas noticias, o minério de ferro oscila dentro da necessidade diária da indústria, amargando hoje queda na casa de 2%. Ásia fechou com a maioria dos índices em queda, os números por lá não atenderam as expectativas do mercado. Europa no compasso de espera da reunião dos comitês de politica econômica, também aguarda sinais dos rumos. A tensão entre Rússia e Ucrânia, também está no radar. EUA, apesar de ter aprovado o reforço no orçamento do governo, segue preocupado com os rumos do crescimento, abaixo do esperado, e com os índices elevados da inflação, o FED tem difícil missão para resolver. Aqui por terras onde a inflação tem até “bixo” de estimação, o Banco central, já colocou uma coleira de corrente para parar navio, e o impacto desse movimento já dá sinais “enigmáticos” de resultado. Acredito que a oposição ao governo, vai ter que bater muito bumbo para distrair seus seguidores. Com a aprovação pelo congresso da PEC dos precatórios, a campanha eleitoral de 2022 segue com bastante combustível para ser queimado. A alta do dólar é seguramente resultado sazonal, a fuga de investidores não pesa tanto assim na valorização da moeda. O dia deve ser como está lá fora, chuvoso e marrento, seguindo o ritmo de ontem, alguma alta momentânea no dia, mas com tendencia de fechamento na queda em algo a 0,5/1,0 %. Bom dia e muita atenção aos números, eles, ao contrário do que dizem as “pesquisas”, não mentem, a menos que sejam manipulados. Abram os olhos.