Em uma frase trava línguas, busco a explicação para o momento no “geomercado” político, se é que existe esta expressão.
A movimentação em torno do impasse na fronteira Ucraniana, tem muito mais do que vemos no noticiário. Na intensa movimentação politica em torno do conflito, o que fica claro é que, quem tem dado as cartas no jogo é o Presidente Russo, ele assumiu seu papel de “malvado” no tabuleiro e tem apresentado seus oponentes de forma, a ridiculariza-los e enfraquece-los perante a opinião pública, como pescador experiente, ele lhes da linha, e depois os contrai, a borda do precipício. As imagens apresentadas dos encontros, denotam o desprezo com que ele os trata, pelo menos publicamente. O que me parece ser é um trabalho lento e paciencioso de desgaste das forças politicas do lado de cá da fronteira.
Nos últimos movimentos, ele conseguiu por sobre o Presidente americano, a desconfiança de que apenas Biden, vê e deseja um conflito armado na fronteira da Europa, e com isso lançou holofotes para o real problema da administração americana, a inflação que teima em permanecer em uma trajetória, que pode levar o país a um desastre econômico.
Como baratas apavoradas com o chinelo, o mercado segue repetindo o mantra da guerra eminente. Os mais incautos acompanham esse movimento e engrossam a fila dos temerários por um mundo apocalíptico. Lançar-se em uma guerra que teria início, mas que não se sabe qual seria o fim, passa além do que chamamos de loucura, o Presidente Russo, pode ser astuto, mas louco, jamais.
Diante destes entremeios e nuances, o mercado hoje reflete os temores do menos atentos. O minério de ferro segue sentindo a pressão por queda imposta pela China, o minério tem participação importante na formação dos preços do mercado interno por lá. Na Ásia apenas o mercado japonês seguiu os ventos do ocidente, com queda significativa, os demais mercados buscaram as posições positiva inspirados pela confiança do grande dragão.
A Europa, segue se segurando com os números confortáveis das grandes companhias em seus balanços, que infelizmente, não têm sido suficientes para impedir o temor da guerra, os pregoes hoje seguem oscilando entre +0,3 e -0,65 pp demostrando desorientação e peplexidade. O mercado americano se abate diante das informações contraditória do conflito na Europa e o temor de um escalada inflacionária. A ata da reunião do conselho do FED deu um sinal de que ainda não é o momento do aperto, isto também contribuiu para o desanimo local.
Com toda essa movimentação, o mercado nacional deve ainda despertar interesse por bons ganhos no investidor externo. Os juros da taxa Selic são um atrativo para ganhos, associado a isso os preços das companhias brasileiras ainda seguem relativamente apetitosos para quem busca alguns trocados sempre.
A visita do Presidente brasileiro a Rússia, rendeu bastante polémica, a oposição que não desejava esta visita, ficou mais irritada ao ver a recepção fraterna da qual gozou o atual mandatário, com ele, foi aperto de mão e cadeiras próximas. Só faltou os tradicionais beijinhos russos na face. Ai a galera iria para o Juqurí (antigo hospício, hoje desativado).
A minha percepção de hoje do pregão é que, ainda conseguiremos manter a temporada de ganhos. O urso, que brinca com a águia, aqui tem encontrado um touro bem “bandido”, que o deixa pensar que está dominando, mas que no fim do dia, reina sobre o pasto, dos campos verdejantes. Traduzindo. Podemos ter momento de alguma queda no dia mas teremos um final de pregão que tende a ser positivo, apesar da queda do petróleo e o minério de ferro, outras frentes tem mostrado capacidade de suportar o peso do índice.
Bom dia, e um grande dia de bons negócios.
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