Bom, é visível que a atual crise do conflito no Leste europeu, é uma sequencia da que ocorreu em 2020. Após o impacto gerado pelo momento sanitário vivido naquele ano, a economia global sentiu a necessidade de rever suas posições. O que foi chamado de globalização, onde a integração dos sistemas produtivos com suas especialidades buscava sinergia entre as nações. Vinha descambando para o globalismo, e desenhava a dominação por parte de alguns grupos, do sistema produtivo, com interferências nas politicas locais.Esse movimento estava levando a sociedade a um alinhamento obrigatório de objetivos e uma normatização de condutas, o chamado politicamente correto. Este movimento tem gerado protestos e revoltas. A massificação de normas e regras, não levou em conta as diferenças sociais e ideológicas. O domínio financeiro por sobre a identidade dos povos, chegou com sua conta. Há uma onda de rejeição destas novas condições impostas. A elitização dos recursos e a precarização das condições de vida, trouxeram a sociedade a este momento. O conflito no território Ucraniano, é a ponta do iceberg que se formou, nessa atual crise. A reorganização dos meios de pagamento, decorrentes das sanções impostas ao agressor, trona-se cada dia mais real, a uniformidade do dólar americano é questionada de forma veemente. Se este padrão for abandonado, uma nova estrutura de poder irá se formar. Em decorrência dessa nova “ordem” o equilíbrio de forças no poder mundial vai ser quebrado, e novos jogadores se imporão ao gramado. Na economia os sinais desta reorganização já se apresentam. Os países e corporações buscam formas de reduzir a sua dependência externa, que se mostrou perigosa em tempos de crise. Depender fortemente de um “parceiro” tornou-se arriscado e perigoso. A União Europeia, está vivendo está realidade. O desejo de “limpar” seu meio ambiente a jogou na dependência do fornecimento do gás vindo da Rússia. O conflito jogou os países do continente no risco de escassez de energia, e impulsionou mais ainda a inflação local. Agora, a Europa esta presa em uma armadilha, que pode levar o continente a um atraso sem precedentes em sua história. A desvinculação das economias será a direção para os próximos anos, isso pode desembocar em dois cenários antagônicos. Por um lado, podemos ter o caos e conflitos generalizados, ou podem seguir na direção da pulverização produtiva, retornando a um período de novas oportunidades, e a distribuição mais ampla dos recursos e dos ganhos para a sociedade. A marcha já foi iniciada, o que resta é saber para onde iremos. Na esteira destes acontecimentos, já vemos o capital buscar novas alternativas de ganhos. As empresas já repensam suas estratégias de fornecimento e logística. A estabilidade e confiabilidade será a base para os novos investimentos. Estamos vivendo dias de definição e o mercado já identificou esse novo rumo. Está fugindo de mercados com regras obscuras e opressivas e busca horizontes mais claros e livres. No dia de hoje, a Europa se recente deste quadro de incerteza, mas os mercados por lá, veem que se pode encontrar uma saída para a crise. A Alemanha após um ensaio solo em busca de segurança energética, sente o impacto da reprovação de seus parceiros trabalhando no campo negativo. A Ásia sente a sombra da nuvem que paira sobre o continente, as pretensões de grandeza do gigante dragão assustam investidores, lá pode não ser a porta do paraíso, isso pode enfraquecer a locomotiva. O mercado americano absorveu bem a mudança na politica de juros, e desenha leve alta no dia.
O índice de pré mercado no Brasil se mostra favorável a um dia de alta por aqui, a leve alta no minério de ferro e a manutenção da tendência de alta no petróleo devem impactar positivamente o índice, a queda do valor do dólar deve dar um refresco na inflação e estimular o comércio interno, atraindo compradores para estes ativos. O dia promete ganhos positivos. Agora é aguardar para ver o que acontece. Tenham um bom dia e muita cautela nestes tempos incertos.
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