A cada dia que passa este conflito se mostra mais intrincado. Os EUA ao sancionar o petróleo russo, removeu de seu portifólio de compra, algo em trono de 5 pp de suas necessidades, coisa irrisória numa economia tão poderosa. Ao mesmo tempo se aproxima de outro ditador para compensar a escalada dos preços da comodity. Pasmem! Nicolas Maduro, a Venezuela esta “sentada” em uma reserva com potencial de pôr os xeiques árabes no chinelo, coisa de 300 bilhões de barris. Mas para quem acompanha política global, esse movimento tem mais a ver com autoproteção do que com preocupação sobre o preço do petróleo. A Venezuela tem sido forte aliado de Putin na américa, com potencial de se tornar uma amaça real a um ataque aos EUA, e ao canal de Panamá, hoje dominado pela influência americana. A posição geopolítica do país centro americano é uma ameaça real a integridade yankee. Esse movimento demonstra que não é apenas uma briga de vizinhos que ocorre na Europa, é uma batalha de titãs para definição de centros e poder de influência. A cada dia que passa, a economia mundial segue o caminho da desorganização e da fragmentação. Os temores resultantes destas manobras, desestabilizam os fundamentos econômicos e colocam os investidores na condição de torcedores em uma partida num estádio de futebol. Desesperando-se quando seu time sofre ataques perigosos e vibrando quando o adversário troca um passe perdido. Esse tem sido o comportamento da maioria dos players no movimento dos pregões, gerando uma volatilidade poucas vezes presenciada por quem acompanha o mercado. A pressão do conflito nos preços do petróleo, mais parece algo engendrado com o objetivo da valorização dos estoques e da melhora da rentabilidade dos investimentos na área. O projeto de abandono dos combustíveis fósseis como fonte de energia, hoje mostra-se equivocado, o ritmo de troca dessa fonte energética foi apressado e desordenado, levando a uma condição de revisão de todo o plano de mudança para a proteção climática do planeta. Neste ambiente, hoje os mercados comemoram essa aliança esdruxula entre EUA e Maduro a o momento de trégua para a remoção de civis do teatro de conflito, com números positivos que chegam a saltar 4,5 pp na Europa. A Ásia trabalhou o pregão que se encerrou nesta manhã, refletindo o estado da animo de ontem nos mercados ocidentais. O pré-mercado americano aponta para alta moderada na casa dos 1,5 pp para o dia de hoje, a bolsa brasileira já trabalha, antes da abertura, com expectativas de 0,7 pp para o pregão. O que pode gerar algum estresse no mercado interno, é o impasse na definição de uma politica clara e não intervencionista sobre a Petrobrás, por parte do executivo e das forças que reinam no congresso brasileiro. Uma reunião que pode acontecer entre os membros do governo, tem o poder de derrubar ou elevar as ações da cia, alterando a pressão politica sobre o Palácio do Planalto. Então na minha visão o viés do índice tende a ser de alta, apoiado pelo momento externo, porém, podendo desandar no decorrer das expectativas do mercado, em relação as condições na políticas do momento. É aguardar para ver, e ficar atendo aos movimentos e tendências dos fundamentos gráficos.
Bom dia e muita atenção aos detalhes, eles fazem toda a diferença nos centavos de ganhos.
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