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Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

O que será, que será.

Usando um trecho de um samba, supostamente composto por Chico Buarque, já que em um vídeo suspeito, ele assume ter comprado varias musicas de um compositor desconhecido, eu início essa fala. O que será, que será? Que andam suspirando pelas alcovas Que andam sussurrando em versos e trovas Que andam combinando no breu das tocas Que anda nas cabeças, anda nas bocas Que andam acendendo velas nos becos A grande pergunta é esta, o que será, que será? Que andam negociando nos bastidores da politica mundial. O entrelaçar das economias mundiais desencadeado a partir da década de 1990, nos trouxe até aqui. Hoje sancionar um player da dimensão da Rússia, é muito mais do que dar uma reprimenda a um garoto da quinta série no meu tempo. Colocar Putin de castigo é levar toda a sala de aula para o cantinho da vergonha, a trama econômica é tão complexa que, quem começou a intriga está hoje, puxando a fila dos sancionados. Vladimir, garoto levado que tinha em suas costas o cartaz de “kick me”, transformou-se em um urso gigante e raivoso, que ao receber os insultos dos colegas, virou-se contra eles e mostrou suas garras descomunais e sua ferocidade desmedida. A Europa no papel de colega de turma inocente, mas maroto, chutou o parceiro e ao mesmo tempo, dava tapinhas em suas costas para grudar melhor o cartaz, hoje ela sente a dor da remoção do adesivo em uma ferida sangrada da energia. Na ânsia de dominar e controlar o urso do norte, os europeus seguiram sua batalha de “socialização” dos recursos e da “limpeza ambiental”, pagam caro pela arrogância de suas medidas. A frieza com que Putin tem tratado as medidas impositivas a sua postura, mostra que ele está disposto a fazer com que seus oponentes ajoelhem-se também no milho da destruição econômica do continente. Não haverá limites para esta contenda, a Europa pagará muito caro por sua ingenuidade política. O Tio Sam imaginou que estaria mais uma vez a salvo do problema, mas a sua dependência de produtos baratos em sua mesa farta, produzido em terras longínquas mostra a conta. A inflação nos preços e a dificuldade de transporte destas mercadorias associada a brutal desindustrialização promovida nos últimos anos, fizeram dos EUA um refém de sua arrogância. Hoje o mundo começa a pensar em se livrar da indexação de valores em dólar, o monopólio de transações em moeda americana começa a ser questionado, e o que um dia foi o sonho de alguns big boss, de serem os senhores do mundo, hoje começa a desmoronar em uma batalha que ainda não mostrou as armas que podem ser usadas antes do átomo. A unanimidade mundial está a caminho da dissolução. O centro de poder está se dissolvendo. Um novo pacto mundial há que ser realizado, não nos moldes dos que planejaram esta nova era, mas nos moldes que sejam benéficos a todos os humanos, aí a batalha será longa. Com este ambiente o mercado busca uma posição segura, porém os temores reinam em todas as direções, hoje o capital não vê refúgio. As bolsas no mundo oscilam sem uma direção clara. A Europa após queda vertiginosa recupera os números, com índices chegando a + 1,2 pp, o pré mercado americano se anima com a perspectiva de algum alívio sobre os civis envolvidos no conflito. O acordo para evacuação destas pessoas trouxe uma perspectiva mais humana aos combates. O mercado asiático ainda refletiu os temores do dia anterior. No mercado nacional vivemos um impasse no setor de combustíveis, com a Petrobrás no centro das discuções. O gigantismo da companhia com 80% do mercado em suas mãos, coloca sobre os ombros da estatal a responsabilidade de aliviar o impacto do momento. As pressões politicas, para que ela absorva as variações dos preços, tem colocado uma nuvem sombria sobre o bom desempenho da atual gestão. Este estado de coisas pressionam os preços das ações, refletindo os temores dos acionistas minoritários sobre os impactos no caixa da cia. Tendo a Petrobrás peso importantíssimo nos computo do índice da Bovespa, essa possível queda do ativo pode impactar negativamente o pregão de hoje. A tendência do dia seria de acompanhamento do alívio expressado no mercado mundial, mas esse viés negativo da Petro, pode derrubar o índice. Juntando a isto o fato de que o minério de ferro teve redução de sua alta no mercado, impactando outro gigante do índice, a Vale. Então acredito que teremos um dia com viés de baixa no pregão. Tudo pode mudar no correr do dia. Fiquem atentos e sigam cautelosos em suas decisões, não parem, apenas caminhem com serenidade.

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