Aprendemos nos tempos de colégio que toda curva é uma reta, ou uma sequência de seguimentos de reta. O que isto tem a ver com o universo que tento imprimir em meus escritos. Nossa vida cotidiana é feita de uma série de escolhas. Estas escolhas, nos levam a diversos pontos de nossas vidas. A probabilidade resultante de nossas escolhas é infinita. Quando levamos esta realidade ao volume de indivíduos que habitam este planeta, estas variáveis se tornam imensuráveis, projetando-se quase ao infinito. Assim tem sido ao longo da história humana, escolhas que nos levaram a novas situações, que nos obrigam a novas escolhas e assim por diante. O conflito no Leste europeu, é resultado do conjunto de escolhas feitas por um grupo de indivíduos e pelo consentimento dos demais, quanto aos rumos dessa trajetória. O atual conflito, sim atual, já houveram outros e muitos ainda virão, não se sabe ao certo ainda, pode ser consequência, ou o start de uma mudança que ocorre hoje no planeta como um todo. A chamada Nova Ordem Mundial vinha sendo desenhada e foi atropelada por esse evento? Mais uma dúvida, nesse “bombardeio” de versões, fica difícil compreender o início da espiral em que estamos. Todas as pilastras que sustentavam o pensamento moderno ruem a cada dia e a cada nova notícia. Hoje tudo é verdade e nada é mentira, são todas “fake News”. Conseguir filtrar fragmentos do que realmente está acontecendo, tem sido um desafio à lógica, e a capacidade cognitiva. Os números já não retratam fundamentos, mas sim humores. A percepção dos fatos, se perde em meio as narrativas. Uma esculhambação geral em meio as alternativas de resultados. Muito confuso tudo isso. É apenas um retrato do momento em que vivemos. Em decorrência disso, os números dos mercados retratam uma descoordenação global. As lideranças perderam sua majestade, e são contestadas abertamente. Os ícones foram removidos. Diante destes fatos, as economias locais, lutam para conseguir restabelecer o equilíbrio dessa “desconexão global”, sim esta é a única verdade aparente, o mundo está se desconectando e se individualizando, para a meu ver, se reintegrar na nova etapa que vira a frente. Não vejo o “fim do mundo”, mas o inicio de uma nova era.
Neste contexto momentâneo, os mercados seguem lutando para se reposicionarem em seus flancos. A “batalha” entre leste e oeste, segue em busca da hegemonia e da supressão de oponentes. Há quem sustente que não é possível a coexistência de forças oponentes. A física contesta isto, para cada força de ação, há uma de reação, de igual intensidade e em sentido contrário. Então, neste contexto o mercado segue em luta entre, a ferocidade do urso e a potencia do touro, numa busca continua de equilíbrio e poder. Nesta manhã de uma nova semana, de um novo mês, os mercados refletem esta imagem. O mercado asiático, se ressente das medidas internas da China contra a crise sanitária, e do fechamento para um feriado, com resultados dispares. O mercado europeu também não se anima muito com as perspectivas para um resultado nos conflitos, por lá os índices são controversos, com alguma elevação tímida pontual. No mercado americano, há alguma expectativa positiva, mas não muito animadora hoje, os índices brincam entre 0,1 e 0,5 pp positivos. O mercado brasileiro deve ser impactado por uma “greve” nos meios públicos, funcionários com altos salários, reclamam “da baixa” remuneração de seus colegas, estou sendo irônico. Por aqui a expectativa é de que o mercado esteja em baixa, refletindo este estado de ânimo geral. Para completar essa condição, o mercado trabalha com a expectativa da divulgação dos números da inflação de março, que alguns apostam vir acima do esperado, e devido a greve citada, e a ausência de alguns informes que orientam o mercado. No mais é aguardar para ver os rumos que as decisões devem nos levar. Um bom dia, e bastante atenção aos movimentos dos jogadores no tabuleiro da vida.
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