O jogo politico de poder que envolve o conflito no Leste europeu, está longe de uma solução. Todos os lados precisam vencer para sobreviver no pós guerra. Vladimir Putin se lançou em uma batalha kamikaze, não sobreviverá como líder se sair derrotado. O líder asiático por sua vez corre o risco de enfraquecer internamente se um líder autocrático próximo for deposto, o questionamento de sua liderança pode corroer o seu mandato. A Europa se debate entre o risco de se tornar palco de um terceiro conflito global, e a miséria e o caos decorrente da desorganização econômica do continente. Os EUA, lutam para manter-se como xerife na porta do cofre mundial. Vivemos uma luta feroz entre as forças de poder global. No meu entender não há como eleger um vencedor, todos morrerão as portas da glória. O caos e a destruição são pré condição para a ressureição e a gloria da nova vida. O desafio está em como sobreviver a este horizonte sombrio. A Europa, os EUA e seus aliados, buscam fortalecer as barreiras contra o agressor. Em conversa recente, o governo americano, alertou Pequim de que deveria manter-se fora do conflito, mas como descrevi acima, a derrota de Putin respinga no líder Chines. Ele por outro lado encontrou um álibi para seu posicionamento, Taiwan não deve receber apoio do ocidente na manutenção de sua liberdade. Nessa condição ele encontra amparo, para apoiar mesmo que de forma escusa, a batalha na Europa, mantendo suporte a seu colega. Em meio a estes movimentos, o capital luta para conseguir sobreviver e amealhar lucros com as oportunidades. Depois de um inicio de mês e semana conturbados, o mercado começa a encontrar uma maneira de se movimentar, entre os temores que pairam no ar. A Ásia ainda se ressente da parada causada pelo temor do retorno da crise sanitária. Por lá os números foram negativos em decorrência disso e dos riscos no conflito europeu. A Europa se debate entre a necessidade de alguma ação contra a inflação que assusta por lá, o risco de escassez de energia e o temor de que o conflito se alastre pelo continente, mesmo assim, algum animo sustenta alguns índices importantes. No EUA, passado o susto decorrente da ata da reunião do BC local, o mercado volta a buscar posições de segurança, porém a instabilidade reina nas mesas e os números flutuam a cada segundo. O petróleo segura se na casa dos USD$ 100, com flutuação positiva de menos de 1,0 pp. O minério de ferro, perdeu o ganho de ontem e trabalha no campo negativo. O mercado brasileiro ainda deve se ressentir deste cenário, após uma queda vertiginosa na terça feira, o pregão de ontem suportou a pressão da ata do FED e fechou o dia com leve queda de menos 0,55 pp. A indefinição sobre a comando da petroleira ainda está no radar do mercado. Na política a aposição atira a esmo, com bala perdida em todas as direções, a derrota do PL 2630 foi um marco contra a censura, a fala da presidente do partido dos trabalhadores com um grupo de financistas, jogou mais água na fervura. O governo, com movimentos não perceptíveis segue minando as forças de oposição. Com estas variáveis o dia deve ser de indecisão no pregão. Podemos ter um viés de alta em algum momento, mas a finalização do dia ainda é incerta. Tudo depende do desenrolar dos fatos. Um bom dia e seguimos de sentinela sobre as notícias. As avós tinham razão, cautela e caldo de galinha não fazem mal.
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