É fresquinho por que vende mais? Algum tempo atrás, lembrei-me desta chamada de vendas de uma marca de biscoitos. É fresquinho por que vende mais, ou vende mais por que é fresquinho. O que pergunto é, o mundo vai entrar em recessão por causa dos juros altos, ou os juros altos é para o mundo entrar em recessão. Sei que martelo na tecla da conspiração. Mas diante da resistência dos bancos centrais, americano e europeu, em corrigir a rota da inflação que se instalou naqueles mercados, fica o questionamento se sabem o que estão fazendo, ou estão fazendo por que sabem. A lógica mediana não decifra o enigma que seus diretores tem desenhado nesta postura vacilante, diante desta corrosão do poder aquisitivo. Com um pouco de conhecimento fica fácil entender que, após um período de repressão o consumo volta em rota de se posicionar onde estava. O que deveria ter sido adotado como política, é usar o freio do consumo para que as cadeias produtivas tivessem tempo de se reacomodarem e estabilizar a oferta. Reprimiram em excesso e postergaram a contenção. Agora o mercado segue como boneco de borracharia se debatendo ao vento em todas a direções. Encontrar a estabilização tão necessária para a retomada econômica, poderá custar alguns trilhões ao mundo. Nesta diretriz insana, seguimos para mais uma semana onde o mercado negativo impera. O temor da elevação maior dos juros no mercado americano, ronda as cabeças coroadas, mas as mesas de negociação já trabalham com a elevação necessária. A questão já não é se haverá, mas quando e quanto será a força do período recessivo. O remédio amargo será usado, passou o tempo dos analgésicos. A febre subiu e ameaça o paciente. Sobreviver nesse horizonte torna-se o desafio do momento, proteger-se das perdas é imperativo, buscar algum ganho é recomendável, arriscar sem medida é tolice. Com se tornou comum dizer recentemente, tempos fáceis, nevos fracos, tempos duros nervos fortes. Chegou o momento do fortalecimento dos nervos e dos músculos. A semana deve seguir na incerteza do horizonte, até que se confirme a indolência ou a presteza, nas atitudes dos dirigentes econômicos dos mercados centrais. Até este direcionamento, a oscilação imperará em todos os segmentos. Então cautela e passos controlados, o medo não é bom conselheiro, ele é apenas a sentinela, as decisões dever ser tomadas pela prudência e a sensatez. Um bom dia, e atenção e cuidado em seus movimentos.
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