Lembrei-me de uma pequena história sobre hospício. Um visitante de um manicômio perdeu-se entre os corredores intermináveis destas instituições. Depois de caminhar algum tempo sem direção, deparou-se com um interno. O paciente olhou atentamente para o visitante, e de forma ameaçadora seguiu em sua direção. O visitante temendo por sua integridade, buscou afastar-se. Ao perceber que o paciente não desistia de avançar em sua direção, iniciou uma pequena correria por entre as paredes intermináveis da instituição. A certa altura, já exausto e temendo por sua vida, viu-se encantoado por seu oponente, como criança assustada, encolheu-se em um canto aguardando o seu destino final. Após leve toque em seu ombro, o delirante, lhe disse. Agora está com você! Me alcance. Assim tem sido o jogo político no mundo. Ameaças delirantes, destinadas a inimigos imaginários. Parar com o carro sob a arvore defronte a casa do vizinho é ofensa pessoal, que geralmente é punida com pneu murcho ou furado. Nada muito além disso. Esta visita da Sra Presidente da Câmara Americana a Ilha de Taiwan, mais parece batida de falta ensaiada. Onde, os dois times têm interesse, em desviar a atenção do público, do que está acontecendo em seus quintais. A baixa popularidade e as agruras econômicas, dos países beligerantes, EUA e China. Impõem este tipo de movimento cênico. A disputa pela pequena ilha, tem mais a ver com o controle do mercado de microchip do que sobre soberania nacional. Lá estão instaladas as maiores e mais poderosas empresas nesse ramo. Quem dominar esse mercado terá enorme poder de fogo econômico contra os demais players. Simples assim. Um tiro de canhão tem um custo muito alto para economias debilitadas. As bravatas diplomáticas, seguirão o seu curso natural. E o mundo terá passado por mais um “momento” critico na politica com impactos nos mercados. Hoje vemos que passada a “crise” dos chips, o mercado volta a se preocupar com taxas de juros e inflação. Ásia ensaia alta no dia encerrado, Europa absorve bem os riscos de um inverno sem aquecimento e o mercado americano se acomoda com os números da economia por lá. No mercado nacional, relativa normalidade deve imperar no dia. O mercado já trabalha com o aumento em 0,5 pp na taxa básica, que deve ser a decisão do Copom. As falas do Min. Guedes e do Presidente do BNDES, em eventos em São Paulo, não devem trazer grandes surpresas. Com não há como prever os humores do investidor, o negócio é aguardar para ver as tendências do dia. Fiquem atentos ao transito nos dois lados da via e tenham um bom dia.
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