Na cabeça do rei.

O que a mudança do reinado inglês, pode causar na já conturbada trama política no mundo? A rainha que deixou o trono, para o descanso eterno. sempre teve uma ação politica bastante comedida e discreta. É notório que o reino inglês sempre teve pretensões imperialistas globais. A história passada mostra claramente está “vocação”, desde o controle da índia colônia, aos mares, em tempos gloriosos da armada inglesa. E como diz um ditado popular, “quem já foi rei, nunca perde a majestade”. Após a segunda guerra mundial, a força militar inglesa foi substituída pela supremacia americana nos mares. Esta troca de “xerifes”, se deu também na geopolítica. Após mil novecentos e quarenta e cinco, o centro econômico e político mundial se deslocou de Londres para NY/Washington, com ramificações em outras capitais menores do mundo. Esta mudança alavancou a antiga colônia, a principal protagonista político e econômico, sendo reforçada após a década de mil novecentos e setenta, quando da associação das negociações internacionais do petróleo ao dólar. A “venda” do “American Dream” para o restante do mundo, impulsionou transformações impactantes em todo o globo. Esta posição hegemônica, construiu um poder sem precedentes na história humana. Porém como sabemos, os que um dia experimentaram o sabor do doce poder, jamais esquecem o amargor da deposição ao trono. Numa manobra que vem sendo desenhada ao longo da mais de meio século nos bastidores do poder. Os senhores da fortuna, buscam a retomada do controle global. Hoje não é mais a “armada inglesa” que busca a supremacia. Em tempos tecnológicos, esta batalha pelo poder nos bastidores é mais sutil, porém cruel. O que vimos nos últimos anos é o desenhar de uma nova estrutura de poder, que visa afastar a sociedade comum do controle dos rumos do planeta. O autoritarismo nunca esteve tão presente no dia a dia das pessoas, o controle de seus hábitos e costumes hoje, já nãos são exercidos pelas muitas “religiões” de estado, ele é realizado pelo controle do acesso as mídias sociais, através dos algoritmos de interesses pessoais que direcionam o pensar do indivíduo. O atual soberano inglês é particularmente interessado no crescimento desta vertente de pensamento, estando a frente de varias iniciativas que estimulam e apoiam esta retomada de poder. A ascensão do herdeiro ao trono pode fortalecer esta corrente de pensamento. Pelo posicionamento das atitudes dos demais membros da real família até agora, esta linha de conduta está impregnada no seio da monarquia inglesa. Entretanto há no seio da sociedade inglesa um desejo de que o reino se transforme em uma outra forma de governo, esta batalha poderá ser levantada com esta mudança de soberano, uma vez que é sabido que a personalidade do atual rei, não é muito próxima de seus súditos. Os próximos meses prometem muita discussão no parlamento do já enfraquecido Reino Unido. A longevidade da rainha parecia ser a cola que unia toda a Gran Bretanha, velhas feridas podem ressurgir neste momento de tensão na Europa. Há muita IRA reprimida nos arredores da Capital Londrina. Num momento politico já confuso no continente, esta troca de soberano poderá desequilibrar mais ainda a frágil, “harmonia” na comunidade Europeia. O momento político global, é delicado e frágil, as eleições no Brasil, a troca de comando na China e esta ascensão de um novo rei na Inglaterra, prometem muitas disputas no cenário geopolítico. No momento há uma certa tranquilidade nos mercados, com alguma recuperação da confiança nos investidores e certa estabilidade nos pregões. O dia hoje promete queda no dólar e confiança nos pregões de ações. Um bom dia e fiquem atentos.