A temática central da série de filmes Matrix, está na incerteza de que estamos vivendo o que realmente acreditamos. Em dado momento do primeiro filme, os personagens centrais, caminham em uma calçada repleta de transeuntes, dentre eles, se destaca uma jovem vestindo vermelho. Nesta cena, o condutor do evento, alerta o aprendiz de que, aquela imagem é uma ilusão desejada. No decorrer da série, o protagonista se reconhece capaz de dominar a matriz e passa a vê-la como realmente é, uma sequência de números verdes em uma tela negra. Pode ser que, minha descrição não esteja fiel. Mas o que desejo passar aqui é a mensagem de que, em momentos críticos, não podemos nos deixar abater pelas nuances superficiais. As pressões para que a economia desabe por toda parte, vem aumentando a cada dia. Porém a vontade impressa na sociedade, é que sigamos reagindo aos revezes que se impõem. Os “formadores de opinião” e seus “divulgadores” buscam a todo instante propalar um sentimento de derrota e finitude. Muitos dos que os acompanham, prendem-se nesta imagem distorcida da realidade, mesmo que os números e os fatos mostrem o oposto. Como um dos personagens do filme em questão, retornam para o encontro com a dama de vermelho. Aninhando-se na ilusão, de que é melhor, que alguém cuide de sua responsabilidade. Manter-se lucido, em meio a esta avalanche de informações contraditórias e destorcidas, é o grande desafio dos tempos atuais. O que de fato vivemos, é que em tempos passados, houve uma farra de facilidades incompatíveis com as capacidades. Como uma festa regada a muita fartura e liberdade, o resultado é muita sujeira e destruição do salão. Reconstruir e limpar esta era, que ainda teima em manter-se no salão, como bêbados no fim de uma celebração, e a tarefa. Apesar dos eventos caóticos que vemos em toda parte, a estrutura do prédio social mostra-se intacta. As pessoas ainda desejam a paz, a serenidade e a colaboração entre todos, feito piões, giramos em meio a tudo isso. Mas, me lembrando deste brinquedo de infância, a sua “serenidade” em girar sobre o próprio eixo, era sinônimo de qualidade do artefato e destreza do jogador. Como crianças em busca da sua própria qualidade na corda do pião, devemos seguir tentando o arremesso de nossas jogadas. O turbilhão é passageiro, a habilidade é eterna, a destrezas é treino, a vitória é persistência. Com estes parâmetros, os vencedores superarão os entraves um a um, na reconstrução de uma sociedade livre de mazelas e equânime a todos. Como estrondos de fogos de artifício, estes tempos passarão, deixando por alguns momentos, a ilusão de sua beleza, a névoa fétida característica e o torpor ressonante no ambiente. Tenham um bom dia e sigamos a um tempo de ganhos e vitórias.
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