Geometria da vida
Publicado em 30/09/2022 - Reeditado em 11/03/2022
A matemática nos ensina, que a menor distância entre dois pontos é uma reta.
Nas relações humanas, há quem conteste este ensinamento.
Comecei falando sobre esta referência matemática, para lembrar que o atual momento da história, poderia ser indicado como um ponto na curva da vida.
Decisões
Nossos dias estão repletos de decisões importantes, para o Brasil, e para todo o planeta.
Os eventos que ocorreram nos últimos três anos, interromperam um processo que vinha se desenhando nas últimas décadas.
Havia um consenso, de que caminhávamos para o risco de um apocalipse climático.
Esta percepção vinha sendo disseminada em toda a sociedade planetária.
Nos últimos dez anos, vozes dissonantes, começaram a contestar os números apresentados, alertando que a ação humana, não seria suficiente para desencadear eventos cataclísmicos de proporções planetárias.
Consumo
O que vêm ocorrendo, é que, o consumo desenfreado está sujando o planeta, mas esse comportamento não é a causa central das mudanças observadas.
Esta contestação foi de início desacreditada pelas vozes reinantes, porém, este argumento tem resistido ao cancelamento social e hoje se mostra embasado em resultados práticos.
A crise energética que hoje abala grande parte das nações, é resultado de uma avaliação incorreta dos fatos, realizada pelos impulsionadores da nova era social.
A quase extinção de fontes tradicionais de energia, como ocorreu com as usinas atómicas na Europa, é em decorrência deste comportamento.
Trajetória
Já na década de mil novecentos e oitenta, o mundo caminhava para uma necessidade energética de crescimento exponencial, de lá para cá, a realidade só ampliou.
Nos anos cinquenta e sessenta do século passado, as residências tinham no máximo quatro ou cinco eletrodomésticos, hoje uma casa no mesmo porte, necessita de algo em torno de dez a vinte pontos de consumo desta mesma energia.
Enquanto a curva de consumo crescia em direção ao topo, os “expoentes” e governantes, tomavam medidas no sentido de restringir o funcionamento, das tradicionais fontes deste importante insumo, sem conseguir implementar, outras capazes de suprir as necessidades crescentes. .
A automatização industrial e a eletrificação da mobilidade, foram a última gota neste copo que transbordou.
Escassez
A escassez de energia que vivemos hoje, não é por falta de fontes, mas por imposição de limitações insanas as reais necessidades de consumo.
Esta limitação do consumo energético, desencadeara a desorganização da produção de alimentos e provocara fome e a desagregação social.
Ainda não é possível se identificar se este estado de coisa aconteceu por insanidade ou por perversão.
O que é possível ver, é que estamos em um momento crítico desta caminhada.
Atos e ações
As ações realizadas neste momento da história conduzirão a humanidade a redenção ou a derrocada. Estamos neste ponto de nossa trajetória.
O próximo passo determinará para onde iremos, ele é o ponto em que a reta se trona curva, basta que o coloquemos fora da trajetória que vem se desenhando.
Perspectiva.
É com esta condição que o mercado encerra o mês de setembro de 2022.
Sob a perspectiva de uma guerra sem precedentes, iniciamos a primavera seguida do verão no hemisfério sul, com temperaturas escaldantes e o outono/inverno no hemisfério norte, sob o risco do congelamento
Decidir qual direção seguir, é o que toda a humanidade vive neste momento.
Renunciar as atuais fontes sob o risco da escassez, condenando milhões a fome e ao abandono ou retomar velhas soluções de forma pensada e visando a migração gradativa para que todos possam alcançar o novo horizonte. Eis o fardo, que pesa sobre os ombros desta geração, que hoje, traça os rumos da humanidade.
Muito cuidado com os pontos que você liga em sua vida. Os custos das perdas, podem ser pagos por várias gerações futuras.
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