Vivemos momentos de grande apreensão. Tudo é motivo de revolta, os nervos estão em seus limites, a intolerância reina em todos os lugares. A pressão política para que haja um direcionamento favorável as correntes dominantes é forte. Mundo afora, os mercados refletem esta dinâmica. A Europa brinca perigosamente com fogo, o conflito no Leste segue sem uma solução. Os cidadãos Ucranianos pagam com sua liberdade e tranquilidade, o preço do conflito entre potencias, que não sentem o medo e a fome advindos da guerra. Por todo o planeta a belicosidade está de prontidão, sejam em conflitos internos, disputas políticas, dificuldade econômicas. Este é um momento crucial para a humanidade, para onde iremos? No front Asiático, a Cúpula de Shangai realizada no Uzbequistão, se encerra pedindo por uma maior divisão de poder sobre o direcionamento global. O protagonismo do conjunto EUA/Europa, já não suporta um mundo multilateral como temos neste século. Novos protagonistas reivindicam posse na mesa central. A disputa eleitoral no continente sul americano, tem sido o peso nesta balança de forças. A virada “socialista” que temos visto no continente é uma demonstração clara desta influência. A eleições no Brasil serão o fiel desta contenda. Para o lado em que o país pender, será o dominante nesta nova ordem global. Como em um jogo de RPG, grandes oponentes lutam para o domínio deste território. Até o presente momento, a multilateralidade tem sido a vencedora no cenário local. Estas duas semanas que restam serão de grande disputa, podendo ter momentos de muito atrito com grande risco de ruptura constitucional. Apesar de o cenário político estar “vibrante", os números e o movimento dos investidores seguem ao largo desta contenda. Europa, Ásia e EUA lutam para não mergulharem em uma recessão desastrosa. Os governos locais juntamente com suas autoridades monetárias, movimentam -se para manter as economias ao largo do momento político. É sabido que não se destrói a casa numa luta entre as partes, isso só ocorre em filmes como Sr&Sra Smith. Portanto, independente de qual das facções vencer, o mundo devera continuar ao amanhecer. Nesta semana de decisões econômicas, com o FED (BC americano) que tem atualmente a pior crise a ser administrada, reunido para decidir os rumos dos juros por lá, os mercados seguem com relativa calma. Por aqui no Brasil, o BC local, também toma uma importante medida, decide se permanece com o atual patamar de juros ou pressiona o mercado para uma queda mais acentuada na taxa de inflação. A decisão desta quarta-feira nos mercados, americano e brasileiro, devem impactar os demais mercados mundo afora. A condição americana, afeta o restante das economias globais, por sua posição de protagonismo econômico, a brasileira, por sua santidade dentre as demais nações em crise, balizando uma política acertada no combate a atual crise mundial. Preparem os antiácidos e os ansiolíticos. Os próximos quinze dias prometem, cenas finais desta novela que se tronou a crise da terceira década deste milénio. Um bom dia e cautela.
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