Passadas a euforia e a ressaca, hoje é como segunda feira depois da viagem de férias. Ainda temos muita discussão sobre o resultado das urnas no domingo passado, porém os times voltam a campo para os preparativos da nova partida. A busca de aliados e apoiadores, é fundamental nesta etapa da disputa eleitoral. Depois de dois dias de rally e de realização de resultados, o mercado começa a desenhar os rumos do próximo governo. A cada movimentação no tabuleiro político, os índices sobem e descem mostrando aprovação ou desaprovação das apostas e das idéias. A leitura que todo o mercado e a sociedade fizeram do resultado do primeiro turno deste pleito, é de que, a sociedade brasileira é basicamente conservadora e tem viés econômico liberal. De perfil moderado, o dito “afegão médio” deu seu recado, de forma clara e objetiva. Em todos estes anos que acompanho o mundo político, nunca está imagem ficou tão bem estampada na fotografia retirada das urnas. O mais surpreendente é que, toda a sociedade leu esta imagem e discute este posicionamento. A democracia nunca esteve tão solida neste país. Apesar dos temores das partes por um posicionamento mais radical dos oponentes, a disputa tem se mostrado bastante reveladora quanto ao embate realizado pelas forças sociais. Estamos no ponto divisor das águas que navega a nau brasileira. Como os encontro dos Rios Negro e Solimões o perfil das forças que se embatem nesta eleição está claro e objetivo. De um lado um grupo que busca um país mais próspero e livre, e de outro, um grupo que busca um país paternalista e controlador. Este ponto será o divisor das águas da história. Um grupo olha o futuro e o outro busca um passado fúnebre e temerário. Não há uma perspectiva clara dos rumos que a nação seguirá, porém a composição das casas legislativas impedirá um retrocesso em grande escala e em ritmo acelerado. A percepção geral desta verdade, poderá ser a força a mais, que o grupo conservador liberal, necessita para terminar vencedor nesta nova etapa. A meu ver, agora iniciamos a verdadeira batalha pela liderança deste país. Falando do mercado exterior, a disputa pelo território em litigio na Ucrânia, pode ter sido apenas um pano de fundo para uma movimentação mais contundente no cenário geopolítico. As informações sobre a movimentação das tropas e o avanço das batalhas, dão sinais de que o combate caminha para seu fim. O “exaurimento” das forças agressoras, sinalizam para um recuo, sobre o território devastado. Esta tática militar já foi usada anteriormente. Afronta-se o adversário avançando sobre seu território, devastando tudo por onde passa. Em um momento posterior recua-se transparecendo impotência e o colocando sob a mira de um adversário mais cruel e implacável, o inverno congelante europeu. O tirano germânico já conheceu esta tática, e novamente ela é usada para neutralizar a prepotência europeia. Neste conflito fica claro que a intenção não era o uso de armas destrutivas, o objetivo era o desmantelamento da estrutura econômica do adversário. Poucos movimentos faltam no tabuleiro para o golpe final. A paciência é a maior virtude de um guerreiro. Saber esperar o momento certo para o golpe é a principal arma em uma luta. A nós que estamos aqui na plateia, resta a calma para aguardar o desfecho do combate. Um bom dia e tenham calma, a luta só acaba depois que termina.
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