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Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

Nem tudo que reluz é ouro.

Perdeu o fôlego?


Publicado originalmente em 25/10/2022. Revisado em 26/05/2023

WikiImages - Pixabay



Este antigo ditado, ilustra os acontecimentos recentes. A definição de poderes do atual líder Chinês, consolidada no congresso realizado em outubro de 2022, esconde uma realidade maior por traz da cortina de cimento e aço da locomotiva que ser tornou a economia chinesa. A construção civil, segue desacelerando.
Na verdade, o que vem ocorrendo naquele país é um movimento natural da elevação de riquezas de uma nação.
Até a década de mil novecentos e setenta, a China era um mundo à parte da economia global.
Uma nação gigante, com uma população imensa, com poucos recursos naturais.
Parte de seu território é tomado por um deserto.
Esta realidade, mantinha o país e sua população em uma condição econômica de pobreza.
Milhões de chineses morreram de fome nas décadas de mil novecentos e cinquenta e sessenta sob a supervisão do regime político que reinou até aquele período.
Com a ascensão de Deng Xiaoping, o país passou por uma abertura para o capital estrangeiro, nessa época foram implementadas reformas, que permitiram o crescimento que se instalou nos anos seguintes, elevando a China ao centro das decisões econômicas e políticas do planeta.
Esta transformação levou modernidade e integração com o resto do mundo.
Passada esta arrancada inicial, o país chegou em um ponto onde seus cidadãos conquistaram, condições e hábitos tipicamente ocidentais e capitalistas. A elevação da qualidade de vida em principio foca no suprimento das necessidades básicas, mas, uma vez atingido este patamar os interesses passam a almejar outros patamares.
Neste estágio está a armadilha enfrentada pelo país emergente.
Sua população passa a exigir maior liberdade, novos consumos e abundância de recursos.
Para um regime centralizador e totalitário, este momento do desenvolvimento da sociedade, torna-se o maior desafio.
Como seguir para o próximo estágio sem que o domínio seja ameaçado.
Esta é a cena representada na “Opera de Pequim”.
Os movimentos realizados por Xi Jinping nos últimos anos, culminando com a teatral remoção de seu antecessor do palco das decisões, alavancam um maior controle da sociedade e de possíveis resistências a uma política mais centralizadora, visando o limite dos ganhos pessoais pelos indivíduos e impondo um “equilíbrio” em toda a sociedade.
Esta é uma postura de sobrevivência da “China Única”.
O enfraquecimento do governo central, fatalmente desembocará em uma fragmentação da nação. Porém, este posicionamento tende a inflamar fortemente bolsões de revolta interna, tornando-se um grande desafio para o atual governo.
Tudo o que ocorreu nos últimos três anos, foi a acomodação desta nova realidade, a atual locomotiva de desenvolvimento perdeu o folego e vai reduzir o ritmo para reparos internos.
O impacto desta realidade repercutiu em um mundo, fortemente dependente desta aceleração.
O grande desafio é encontrar uma nova frente de estimulo ao crescimento econômico e social.
Ásia, Europa e América do Norte já não tem folego para liderar este novo período de alavancagem de crescimento, restam Índia, África e América Latina.
Regiões que sempre foram relegadas ao subdesenvolvimento e a condição de fontes de riqueza a serem exploradas.
Para onde irá o fermento do desenvolvimento. Onde o palco está pronto.
Esta é a verdade do momento.
Lembrem-se, as decisões são tomadas segundo a verdade escondida.

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