Dando um giro por todo o espectro jornalístico da rede mundial. Encontrei desordem e desinformação. Nesta balburdia que se tornou o mundo. Conseguir construir uma linha de raciocínio a partir do que está estampado nas paginas de informação, tem sido um desafio frustrante. Mas, como a tarefa que me proponho, é conseguir vislumbrar um cenário legível em toda esta bagunça, trago aqui meu entendimento. Há uma pressão muito grande oriunda do embate entre duas posições, que podemos cristalizar como, “o mundo desenvolvido” e “o mundo em desenvolvimento”. Como caracterizar estas duas forças. Os eventos ocorridos a partir do final de dois mil e dezenove, desencadearam a ruptura da estrutura cambaleante de um mundo harmonioso, baseado no desenvolvimento central dos continentes Europeu e Norte Americano. Esta estrutura reinava desde o final das duas grandes guerras do século passado. A pujança econômica Americana, liderava esta condição vivida pelos países centrais. O que ocorreu do final do século passado para os tempos atuais, é que os países periféricos, cresceram e se desenvolveram, formando um bloco econômico capaz de se impor frente a este domínio. O fortalecimento destas nações desagradou o núcleo de poder, que, vislumbrando a derrocada de sua hegemonia, pois os recursos naturais nos dois espaços já apresentam sinais de escassez, lançou mão de suas manobras, para a contenção deste movimento, visando o controle dos recursos restantes nestas terras insurgentes. O que não estava em seus planos, é que nos territórios pretendidos, haviam se formando, bolsões de resistência a esta subordinação. E estes fatos, levaram a pontos de conflitos, que podem causar a queda de todo o sistema reinante. O desdobrar destas ações, resultaram em embates pontuais diversos. E sabido por qualquer estrategista, como de difícil contenção e eliminação de tais movimentos. A manobra tentada da crise sanitária, espalhou como fogo em gasolina, o problema em varias frentes de ataque. Com em uma ação de guerrilha, armadilhas haviam sido espalhadas de forma sorrateira em toda a parte. A dependência europeia ao gás russo, foi a principal arma usada para a derrubada do gigante. Com este movimento, os desafiantes desorganizaram a produção local, e colocaram a população sob a mira do desabastecimento e da forme congelante no frio europeu. Numa sequencia digina de mestres em artes marciais, usaram a desorganização oriunda da crise de saúde para implementar uma escassez generalizada, desorganinando o sistema produtivo mundial e atraindo para o centro a crise os paises lideres, que hoje lutam com indices inflacionairos acima de qualquer tempo passado e a eminência de uma queda em suas metas de crescimento num horizonte de recessão e pobreza potencial em seus territórios. Em outro front a China, já tendo a necessidade de fortalecer seu mercado interno para que não seja alvo da revolta social, inicia o processo de fechamento de seus portões para o mundo. A tendência do país é inverter o modelo produtivo local, saindo da condição de fábrica do mundo para a condição de exportador de excedentes, o potencial de consumo interno beira três quartos de sua capacidade produtiva. Associado a esta manobra, o avanço sobre a ilha de Taiwan, é inevitável e por consequência, uma “arma” estratégica cairá em suas mãos, a capacidade produtiva de semicondutores tão necessários para os novos tempos. Outro front que se debate em feroz batalha em busca da liberdade é a América Latina. O protagonismo do Brasil no mercado mundial de alimentos e minérios, desequilibra a ordem econômica mundial. A perda do controle sobre os campos de grãos do país, pode desamparar os países centrais, que tratam a AL como seu pomar. O fortalecimento dos movimentos populares em volta de um projeto de liberação do país, tem contaminado outras nações na região. A eleições de meio de mandato nos EUA poderão fortalecer estes movimentos que se insurgem contra sistemas autoritários e coerçores. Numa batalha entre forças poderosas e indivíduos havidos por liberdade, as ruas fervilham nas mais variadas cores de seus povos.
Este é o caldeirão que ferve sob o fogo brando da nova ordem mundial. Quem sairá queimado desta fervura. O que nos resta é ver o tempo mostrando sua razão. Um bom dia e sigamos olhando os sinais do mercado, e a vós das ruas.
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