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Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

Porta de saída.


Toda crise tem um ponto de entrada. A morte de Francisco Ferdinando, na Sérvia, em junho de mil novecentos e quatorze, foi o gatilho para o início de um dos períodos mais sangrentos da história europeia. Daquele ano, até o final de mil novecentos e quarenta e cinco, o mundo se viu mergulhado em duas grandes guerras, que levaram consigo, milhões de vidas e uma infinidade de recursos materiais. O ordenamento político global, só se recompôs após a brutalidade dos ataques a Hiroshima e Nagazaki. Esta, foi a porta de saída para aqueles anos de trevas e dor. Encontrar uma saída para momentos de crise, é o maior desafio dos envolvidos. Novamente, o mundo caminha para momentos de sombra e trevas. A porta de entrada para esse universo, foram os eventos de dois mil e vinte e dois mil e vinte e dois. Esse triênio, será o marco divisor de duas eras distintas. A que se encerrou em dois mil e dezenove com o surgimento da crise sanitária na China, e a que se iniciou em dois mil e vinte com o conflito no leste Europeu. O período encerrado na crise sanitária, foi de uma aparente harmonia entre povos e nações, com conflitos localizados e relativo equilíbrio de forças. Essa aparente estabilidade, era fruto de um sistema de controle, baseado em prosperidade e fantasia. Onde as peças hollywoodianas, embalavam o imaginário, dos que desejavam uma vida mais farta e glamurosa. Este padrão se espalhou por toda a parte, levas de migrantes seguiram em direção a meca da fartura. Os EUA floresceram, tornando-se a terra almejada pela maioria dos povos. Alçada a condição de xerife do planeta, a soberania e a onipresença americana se fizeram sentir por toda parte. Sob a proteção deste guardião gigantesco, a Europa seguiu o rastro da prosperidade, “by americam dream”, tendo sua economia atrelada e integrada aos avanços deste projeto. Mas, como sabemos, o modelo de dominação engendrado por estas forças, em um dado momento mostraria sua face nefasta. No estilo gafanhoto, estas nações seguiram consumindo tudo que estava disponível, deixando para trás a devastação e a miséria, por onde passaram. Submetendo os locais, e saqueando seus recursos, em proveito próprio, num consumo desenfreado e inconsequente. Chegada à fatura, viram-se reféns dos recursos materiais. Após uma orgia de consumo pelo período de aproximadamente, sessenta anos, suas fontes de riqueza secaram ou passaram para mãos locais, que aprenderam como administrar seus recursos naturais, e hoje lhes negam acesso livre a tais fontes. Esta reviravolta nos limites de poder, são a base para a atual crise que enfrentamos. A gastança generalizada e supérflua de recursos, cobra seu preço. Enquanto os “convivas” da festa Norte Atlântica, se embriagavam em vida farta e perdulária. Seus serviçais, se organizavam em uma estrutura de poder que blindou o grupo e ameaça a hegemonia da moeda dominante no planeta. Assim se desenhou a atual crise global. Estruturas velhas e carcomidas, lutam para se manterem no poder, diante de novas lideranças, que aprenderam o jogo, e minam as forças que sustentam as fachadas da ilusão de novos tempos, aos moldes antigos.  Um bom dia e lembre-se, não consuma toda a sua água, a sede sempre volta para cobrar seu preço.

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