
Para quem não é muito familiarizado com o mundo automobilístico,
o título de hoje, é uma referência as corridas de arrancada, muito populares
nos Estados Unidos. Por lá, pilotos muito bem preparados, ostentam carros com
motores descomunais, em uma disputa lado a lado, contra o relógio. Eles não
correm um contra o outro, mas contra o tempo medido por um cronômetro. E num circuito em reta, de cerca, de
quatrocentos e dois metros, o equivalente a um quarto de milha, eles disparam
em seus bólidos rumo ao total sucesso ou imensos fracassos. A plateia vibra com
as vitórias e com os espetaculares acidentes decorrentes dessa insanidade. Não
sou contrário a esta atividade, mas, não acho que encher um tanque de combustível
altamente explosivo, seja algo para alguém como eu. Mas retornando ao centro de
meu trabalho, usei esta referência para traçar um paralelo com os eventos políticos
que vejo acontecendo no mundo. Assim como nas corridas, no mercado e na política
há uma expectativa diária quanto aos desdobramentos dos movimentos. Tudo o que
vemos nestes dois ambientes, tem relação com o peso dos atores no impacto do público que os cerca. O anuncio de uma equipe de governo, movimenta o mercado. Este
movimento pode ser para bem ou para mal. Acertar o time e o nível de impacto, é
fundamental para que os resultados sejam satisfatórios. Na manhã de hoje, dia
nove de dezembro de dois mil e vinte e dois, o novo governo “eleito” no Brasil,
deve apresentar notícias que podem impactar o mercado e a política, porém um
movimento de bastidores pode ofuscar esse anúncio. Nos tribunais Militares,
correm pedidos de inquéritos, que podem levar a prisão do principal articulador
do que foi o resultado do pleito recente. Esta situação pode derrubar todo o
castelo de cartas que vem sendo montado em conjunto com setores do mercado, que
tem dado suporte ao grupo que pleiteia o comando da nação. O que chama a atenção,
é que boa parte dos grupos empresariais que estiveram na base de sustentação
dessa campanha, têm apresentado resultados pífios em seus balanços e
consequente perda de valor nos pregões. Recentemente um grupo ligado a construção civil,
praticamente desmantelou sua equipe, do braço jornalístico, que fez parte da
base midiática da campanha. Os prejuízos
tem sido enorme nos “amigos”. Este
convívio estreito entre política e mercado, pode ser como combustível de alta
octana, e explodir logo na largada da carreira, levando a destruição de toda
uma estrutura voltada para a distração da plateia. Nos resta saber se o “autódromo” terá equipe
competente e a altura, para conter os riscos da explosão que podemos presenciar.
Um bom dia, pegue seu ingresso, e fique próximo a um extintor de incêndio.
Podemos ter que apagar muito fogo.
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