Bola de cristal.

Com os movimentos dos mercados, as bolsas hoje sustentam algum ganho. O impacto da mudança de postura do BC japonês já não tem o potencial de ontem. Apenas algumas economias mais ligadas ao país, ainda apresentam variações negativas. O mercado americano, anima-se após os balanços das empresas Nike e FedEx. Esta duas são termômetros do ânimo dos consumidores, por atuarem em seguimentos sensíveis as mudanças de consumo. Na Europa, os índices de confiança dos consumidores, vêm apresentando números animadores já pelo terceiro mês seguido. Em contraponto ao susto Japonês, a China teve notícias animadoras, a Incorporadora EverGrand, anunciou a retomada de parte de seus projetos, isso injetou energia no mercado e puxou o preço do minério de ferro em 3,5 pp nesta madrugada. Numa perspectiva de algum alento no mercado, antes da anunciada recessão para Europa e EUA em dois mil e vinte e três, o preço do barril de petróleo, ensaia a ruptura da barreira de USD$ 82. No front do leste europeu, a batalha de retórica continua. Zelensky, após visita aos soldados no front de batalha, num ato de incentivo ao moral da tropa, viajou a Washington na tentativa de buscar mais recursos e equipamentos. O governo Biden e o Congresso americano tem dado sinais de apoio ao país. Esta visita pode azedar as relações de EUA e Rússia, Moscou, vê nesta interferência, um potencial declaração de embate direto entre as potências. Esta visita pode ser mais desastrosa do que construtiva em relação ao conflito, como têm sido os movimentos do ocidente, no intuito de impedir o avanço das tropas russas. O fim, do que ficou conhecido como globalização, eu chamaria de direcionamento explorativo de potencial, tem deixado marcas de desconfiança e protecionismo. O clima no cenário político internacional é de formação de blocos fechados no sentido de autoproteção. As chances de novos conflitos regionais aumentam gradativamente. A repressão local, tem sido a marca destes movimentos de autoproteção política e econômica, de nações e regiões de influência. No Brasil, a situação de governabilidade pelo próximo quadriênio, segue se desmanchando. Apesar de um cenário potencialmente favorável, em ralação as demais nações, as forças políticas internas se digladiam em uma batalha feroz pelo controle desse potencial. O cenário fica turvo a cada movimento. O equilíbrio entre as entidades institucionais, se diluiu em um autoritarismo e desregramento jurídico, onde, tudo termina nas barras do principal tribunal do país, com canetadas aleatórias, segundo os objetivos momentâneos. Com tudo isso, o país, segue perdendo volumes enormes de capital em seu mercado, diante de tais irresponsabilidade e desmandos. Nesta tendência de deterioração geral das nações a América Latina segue se contorcendo em convulsões internas rumo ao totalitarismo e a miséria.

O que iremos colher deste mundo convulsivo, ainda não é possível de compreender, porém, é visível que os cidadãos, estão cada dia mais conscientes de seus papeis no jogo social, e uma nova forma de equilíbrio de forças, deve surgir deste momento insano que vivemos. Um bom dia e tenhamos calma, a reconstrução de algo em demolição, passa pela faxina tão necessária que estamos vivendo. Reformar com os moradores dentro é caótico.