Nau à deriva.

 

Os robustos números da economia americana, seguem indicando forte pressão sobre os preços. O combate a inflação poderá pressionar o FED a manter por mais tempo ou elevar ainda mais as atuais taxas de juros. Esta realidade desorienta o mercado que já não se sente tão seguro quanto aos rumos a seguir. O plano de estrangular a Rússia, através das restrições ao comércio de hidrocarbonetos, engendrado pela UE, não tem gerado resultados satisfatórios. O último movimento, de limitação dos preços do barril, não demostra muita realidade pratica. A imposição de limites de seguro para o transporte, vem sendo contornada através de exportação triangulada, onde um país intermediário recebe e revende o produto, além disso, o investimento em uma frota de petroleiros próprios que pode atingir a casa das 100 naves, segue a todo vapor para completar esta estratégia. Com estes movimentos o dinheiro segue fluindo aos caixas de Moscou e mantem o preço no mercado global estável na casa dos USD$ 80 dólares. O conflito na Ucrânia tem consumido mais capital do que se desejava. Além dos esforços de guerra, os países que apoiam Kiev, ainda arcam com a elevação dos custos globais de mercadorias e energia. Mesmo que a inflação venha a ser controlada nos próximos meses, ela deve impactar a economia pelos próximos anos. A temida recessão virá com ou sem inflação. A desorganização política e econômica já contaminou o planeta. Na China, a instabilidade demonstrada nos últimos eventos locais, onde cidadãos manifestaram seu descontentamento com as políticas do país, mostra que a recuperação da economia será fundamental para a manutenção do atual gabinete governamental. O que causa temor, é que, pelos fundamentos econômicos, o país, irá atravessar um período de reacomodação de seu modelo de desenvolvimento, e isto trará mais instabilidade social e política. A relação das chamadas empresas de alta tecnologia com certos setores da política, também tem deixados seus rastros de estragos, na frágil estabilidade do planeta. Em recentes revelações, documentos apontam para a interferência das empresas de redes sociais, nas decisões eleitorais de países como EUA e Brasil. Estas suspeitas, colocam mais insegurança no futuro político destas nações. Os sistemas eleitorais de todo o planeta, passam a ser motivo de desconfiança e revolta dos cidadãos. A quebra do contrato social, pode aprofundar ainda mais, a atual crise de confiabilidade nas instituições, governamentais e empresariais  Este sentimento segue se expandindo mundo afora. Se, em uma nação, houver alguma reviravolta no sentido de derrubar o sistema político vigente, esta situação pode se alastrar por todo o planeta, como um rastilho de pólvora de proporções apocalípticas.   Vivemos um momento decisivo para a humanidade. A serenidade e a paciência são sinais de sabedoria. Viver estes sentimentos nestes tempos, será o diferencial, dos que sobreviverão ao que temos pela frente. Um bom dia e sigam atentos aos sinais.