O que tem pra hoje?

Não há como falar de mercados e economia sem falar de política. A relação destas forças é simbiótica. A promiscuidade envolvida nessa relação é assustadora. Em muitos momentos não é possível distinguir as linhas limítrofes deste universo. Interesses econômicos se sobrepõem as funções da política na sociedade. No último fim de semana, as redes sociais, um novo agente nesse universo, fervilharam de discuções sobre os arquivos liberados pela nova direção da empresa Twitter, que indicam, interferência da gestão anterior nas eleições americanas e em outros países, em   acordo com partidos políticos e instituições legais. Este tipo de comportamento tem o poder de mudar a direção das decisões soberanas das urnas nestes países e tem sido alvo de contestações em grande escala por cidadãos. A relação de empresas na condução de políticas públicas na sociedade atual, contraria em muito, os desejos do cidadão comum. Outro agente promíscuo nessa trama, tem sido as ditas “mídias tradicionais”, oriundas de jornais ou redes de rádio e TV.  É visível que a quase totalidade destas entidades trabalham em conjunto com estas estratégias políticas econômicas. Exemplos claros não faltam. Hoje, como num passe de mágica, as informações sobre o atual estado das revoltas internas na China, que abalaram os mercados na semana passada, desapareceram. Nesta semana as matérias que impulsionam a calma dos mercados, são de que, apesar dos sansões sobre o petróleo russo, da dificuldade do atual governo Inglês de estabilizar sua economia e da necessidade de mais juros na economia americana. Os preços estão animadores, com minério de ferro subindo, frente ao relaxamento das medidas restritivas na economia chinesa. Petróleo em alta devido a manutenção dos volumes de produção, e o valor do dólar subindo frente a outras moedas. Tudo em “perfeita” harmonia. Mesmo que a democracia americana esteja ameaçada por interferência ilegítima, e que um dos principais países fornecedores de commodities esteja sobre forte protesto em relação suas eleições internas. Num atentado a inteligência do cidadão comum, estes conluios seguem imprimindo seus interesses sobre as sociedades. Leis são aprovadas com objetivos claros de suprimir as vozes discordantes, processos sanitários são impostos visando lucros imensos. Reinvindicações são ignoradas segundo interesses políticos. A lógica cartesiana nos mostra que, evidências devem ser investigadas para que sejam provadas ou descartadas na apuração da verdade. Ignorar as evidências é ignorar a potencial verdade dos fatos. Portanto vivemos um tempo onde verdades são relativas aos interesses do momento, numa referência direta ao grande George Orwell que já alertou o mundo destes incestos. Busquem informações, não caíam em narrativas momentâneas, sejam atentos aos fatos, busquem evidências. Só assim conseguimos encontrar pontos de lucidez neste emaranhado de fatos e verdades passageiras. Um bom dia e atenção aos detalhes, eles entregam as falhas.