
Apesar da ameaça de corte na produção de petróleo pelos países
exportadores, hoje os preços do barril, estão com leve baixa, mesmo depois de
ter atingido a marca de USD$ 88,75, o mercado acomoda-se na casa de USD$ 86,70.
Isto é um dado que intriga, pois as perspectivas são de maior arroxo no volume disponível
do insumo. As ameaças de impor limites ao valor do barril oriundo da produção russa,
é outra variante que alimentaria uma alta expressiva. Os rumores de que a
situação política interna da China, caminha para complicações, com um aumento
das revoltas quanto a repressão interna. Seriam um peso na elevação dos preços
do minério de ferro, que em vez de cair, hoje ostenta expressiva elevação nos
mercados de Dalian, com 2,5 % e Cingapura com 4,05%. A boa notícia de que os
preços ao produtor vieram menores no Bloco Europeu, alimenta a sensação de que
a inflação por lá pode ter chegado ao seu limite momentâneo. Mesmo assim, os
mercados não se animaram na abertura do pregão. Hoje temos expectativas dos números
da economia americana, a divulgação do nível de emprego e a qualidade dos
ganhos, pode mexer com os índices no dia. No Brasil, as questões políticas seguem
em dois mundos paralelos. Um grupo tenta montar um governo que não tem cara, e
outro grupo mostra os resultados do que foi feito até aqui. Numa atitude de
avestruz, os mercados ignoram os fatos reais, e como Alices, imaginam um futuro,
caótico em que seja possível levar um país ferido e fragmentado. A realidade
das ruas não reflete o que se estampa nos artigos das páginas
de sites. Momentos
políticos intensos têm abalado as estruturas do país, no entanto, os prédios da
Faria Lima, seguem isentos ao cheiro dos acampamentos nas portas dos quarteis.
O impacto político que as manifestações impuseram a sociedade brasileira, se
alastra, e tem sido motivo de incentivo ao levante de outras comunidades mundo
a fora. De Portugal, há relatos de referências aos atos brasileiros e demonstração
de modelo de comportamento em eventos locais. Por lá a resistência é relativa a
questões constitucionais do país. Todos estes fatores deixam a sexta-feira, espremida,
pelo desanimo do mercado e a expectativa de mais uma partida do Mundial no
Catar. Este é o mundo de hoje, se meu quarto não fosse com armários, eu diria
que entrei em um guarda-roupas rumo a Nárnia. No caminho a esta terra de
devaneios, encontrei me com Freud e ele num gesto de jogador de poque me disse
que passa a vez. Nem ele me esclareceu o que está acontecendo. Tenham um bom
dia e que amanhã eu encontre inspiração e fatos para relatar em palavras.
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