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Informações sobre o mundo dos investimentos, mercado financeiro, commodities, dólar, bolsa de valores, ouro, petróleo, minério de ferro, day trade, e as questões políticas que envolvem o mercado.
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Qual o tamanho da recessão?
Hoje o mercado de commodities acordou em queda. O petróleo
se acomoda na casa dos 75/80 dólares. O minério de ferro, derrubou o índice em
2%. Isso ocorreu mediante corte de produção nos países árabes e com as
restrições de preços ao petróleo russo. Já o minério de ferro, mostrou esta direção,
mesmo depois dos sinais de liberação da economia chinesa. O que estes fatos representam
na economia global? Seriam os ataques em territórios russos, a causa para este cenário?
Não acredito que o conflito na Ucrânia tenha potencial para tanto. O que vejo,
é que as condições para uma recessão drástica e persistente, já se instalaram
na economia. Vários fatores contribuíram para esta realidade. A hegemonia
reinante até dois mil e dezenove, foi quebrada. A “globalização” que vinha
ocorrendo até então, não passava de uma farsa. O que tínhamos, era uma
transferência dos centros produtivos para regiões a serem maciçamente
exploradas. Não era uma “integração” global dos sistemas produtivos. Quando há
uma exploração desproporcional em um ponto, o desequilíbrio será instalado em
um momento futuro. Esta é uma verdade fundamental. Em mecânica isso é chamado
de ponto de fadiga. As forças ali aplicadas, induzem a um estresse natural,
isto produz forças, que levam a ruptura da estrutura vigente. Foi exatamente
isso que aconteceu nos anos de dois mil e vinte em diante. A estrutura econômica
estava calcada na exploração de determinadas regiões e produzindo ociosidade em
outros pontos. O sistema estressou e desencadeou toda a série de desastres, que
temos visto nos últimos três anos. Como era de se esperar, tudo virá abaixo,
não há como conter a onda de desmoronamento que se formou, e que está se
alastrando por todo o sistema. Basta, que apenas um único componente se
desalinhe, para que todo o castelo de cartas do chamado “globalismo” desmorone
em tempo recorde. Os atores que impulsionaram o que acontecia até dois mil e dezenove,
já não conseguem manter o consenso de seus papeis, no conjunto de movimentos
necessários para a manutenção do equilíbrio. Uma nova estrutura busca se formar
por entre a atual. As reuniões neste fim de semana, entre governos árabes e o mandatário
chinês, é uma declaração de forças contra o establishment. A hegemonia imposta
pelo dólar e seus aliados, vem sendo fortemente contestada, e em futuro breve
será oficialmente quebrada. Os episódios de dois mil e oito, foram um ensaio
desta batalha, a imposição do dólar sobre o euro, resultou no que hoje vemos com
uma Europa a caminho da desarticulação e da queda de qualidade de vida. Este
novo oponente está descentralizado, detém uma capacidade produtiva elevada e
domina o fornecimento de produtos e insumos, fundamentais para a continuidade
da economia global. Acredito que esta batalha não será vencida pelos atuais
donos do poder. Os principais centro produtivos e com potencial consumo, estão
nas mãos dos oponentes, entrincheirados em uma forte corrente espalhada por
diversos fronts de combate. Vivemos momentos decisivos deste confronto. O que
podemos fazer, no entanto, é aguardar e torcer para que a liberdade dos povos
seja mantida. Um bom dia e olhem de perto os acontecimentos.
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