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Destaques

Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

Qual o tamanho da recessão?

 


Hoje o mercado de commodities acordou em queda. O petróleo se acomoda na casa dos 75/80 dólares. O minério de ferro, derrubou o índice em 2%. Isso ocorreu mediante corte de produção nos países árabes e com as restrições de preços ao petróleo russo. Já o minério de ferro, mostrou esta direção, mesmo depois dos sinais de liberação da economia chinesa. O que estes fatos representam na economia global? Seriam os ataques em territórios russos, a causa para este cenário? Não acredito que o conflito na Ucrânia tenha potencial para tanto. O que vejo, é que as condições para uma recessão drástica e persistente, já se instalaram na economia. Vários fatores contribuíram para esta realidade. A hegemonia reinante até dois mil e dezenove, foi quebrada. A “globalização” que vinha ocorrendo até então, não passava de uma farsa. O que tínhamos, era uma transferência dos centros produtivos para regiões a serem maciçamente exploradas. Não era uma “integração” global dos sistemas produtivos. Quando há uma exploração desproporcional em um ponto, o desequilíbrio será instalado em um momento futuro. Esta é uma verdade fundamental. Em mecânica isso é chamado de ponto de fadiga. As forças ali aplicadas, induzem a um estresse natural, isto produz forças, que levam a ruptura da estrutura vigente. Foi exatamente isso que aconteceu nos anos de dois mil e vinte em diante. A estrutura econômica estava calcada na exploração de determinadas regiões e produzindo ociosidade em outros pontos. O sistema estressou e desencadeou toda a série de desastres, que temos visto nos últimos três anos. Como era de se esperar, tudo virá abaixo, não há como conter a onda de desmoronamento que se formou, e que está se alastrando por todo o sistema. Basta, que apenas um único componente se desalinhe, para que todo o castelo de cartas do chamado “globalismo” desmorone em tempo recorde. Os atores que impulsionaram o que acontecia até dois mil e dezenove, já não conseguem manter o consenso de seus papeis, no conjunto de movimentos necessários para a manutenção do equilíbrio. Uma nova estrutura busca se formar por entre a atual. As reuniões neste fim de semana, entre governos árabes e o mandatário chinês, é uma declaração de forças contra o establishment. A hegemonia imposta pelo dólar e seus aliados, vem sendo fortemente contestada, e em futuro breve será oficialmente quebrada. Os episódios de dois mil e oito, foram um ensaio desta batalha, a imposição do dólar sobre o euro, resultou no que hoje vemos com uma Europa a caminho da desarticulação e da queda de qualidade de vida. Este novo oponente está descentralizado, detém uma capacidade produtiva elevada e domina o fornecimento de produtos e insumos, fundamentais para a continuidade da economia global. Acredito que esta batalha não será vencida pelos atuais donos do poder. Os principais centro produtivos e com potencial consumo, estão nas mãos dos oponentes, entrincheirados em uma forte corrente espalhada por diversos fronts de combate. Vivemos momentos decisivos deste confronto. O que podemos fazer, no entanto, é aguardar e torcer para que a liberdade dos povos seja mantida. Um bom dia e olhem de perto os acontecimentos. 

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