
Peço licença a você que me lê, para divagar um pouco sobre o
tema central desse blog. Vivemos tempos macabros na história do Brasil. Como
disseram em um Tribunal que deveria ser o guardião da suprema Carta de leis, vivemos
“tempos estranhos”. Assim começo meus pensamentos neste dia, onde as tensões só
se avolumam no país. Para muitos, o dia fatídico se aproxima. A capitulação ou
a vitória de uma nação, está para ser decidida a qualquer momento ou em data
agendada. Todo este cenário me leva a uma questão. “What will the day after be
like?”. Como será o dia seguinte? Uma
questão atormentadora. O embate que tomou palco no Brasil, extrapola suas
fronteiras. Aqui está sendo travada, a fundamental batalha que dividirá o mundo, em o que fomos até agora e o que seremos amanhã. As forças que se digladiam
nos bastidores, lutam freneticamente pela manutenção de seu poder sobre os
territórios e seus potenciais. A batalha mental que se trava no íntimo de cada
ser, se propaga no ambiente a sua volta. Vivemos todos este momento, muito há
que ocorrer antes do fim. Esta batalha poderá ser apenas o início de um novo
conflito global, porém, apesar de sua força avassaladora, ele ocorrerá de forma
pontual. Não veremos um imenso campo de batalhas, infestado de tropas e
equipamentos bélicos. Esta “guerra” será local, e particular. Grupos
antagônicos irão se enfrentar em pequenos embates, como em uma Babel moderna, o
desentendimento irá alimentar estas posições. Chegamos ao ponto objetivo desta
caminhada. A quebra de todos os paradigmas. Os modelos de organização social e econômica
que conhecemos se exauriram, não por incompetência, mas por excessos. Se prestarmos
atenção nos problemas que enfrentamos atualmente, a raiz se localiza na conduta
pelo excesso. Vivemos em busca de uma vida de abundância excessiva. Consumimos
demais, comemos demais, bebemos demais, poluímos demais, sofremos demais, e
assim por diante. Tudo é motivo de excesso. Fortunas, gloria, sofrimento, desrespeito,
ofensa. Uma vez que nos dermos conta do que fizemos, qual será nossa reação,
como viveremos o mundo após a ressaca? Qual o novo modo de viver, como seguir a
diante? Estas perguntas, não vejo sendo elaboradas, sabemos o que não queremos,
mas, o que queremos? O sistema representativo de poder, não encontra mais,
bases para a reconstrução da sociedade. A descrença e a desconfiança reinam
abertamente em todos os ambientes. Quem será digno de nossa outorga. Como
decidiremos o que deve ou não ser considerado. Cada um terá seu livro de
códigos, voltaremos a Talião, olho por olho? Esta é uma pergunta que devemos
nos fazer. Como será o dia seguinte. Que excesso estejam ocorrendo, isso é
inegável, mas esta situação não pode virar como um tacho de água fervente? Qual
será o novo tipo de organização que emergirá desta batalha? Temos um imenso
desafio a ser enfrentado. A demolição já está em curso, a reconstrução será o
trabalho a ser realizado por esta e pelas novas gerações. É neste ponto da história, que estamos nos digladiando, entre passado e futuro. Num momento de tormenta e
descrença na vida. No entanto, o sol, astro rei, ignora nossas dores em mais
uma manhã radiante, aqui onde estou.
Um abraço e lembrem-se, na natureza nada se perde, tudo se
transforma. Das penas ressurge a Fênix com sua nova plumagem. Fui!!
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