Decisões erradas.

Decisões erradas levam a becos perigosos

Europa

A fala do cineasta Oliver Stone, levantou um alerta para as políticas equivocadas que tem sido adotada em boa parte dos países. A Europa que vinha liderando o avanço energético na área nuclear, reverteu bruscamente para uma economia energética carregada de carbono. Isso ocorreu por uma política de eliminação dos riscos que a energia nuclear representa, principalmente depois do ocorrido em Chernobyl. No episódio, o que ficou claro, foi que a irresponsabilidade e a negligência reinavam no controle das unidades processadoras do material. Realmente a administração dos resíduos ainda está longe de uma solução confiável, porém a política radical de eliminação desta fonte de energia, reduziu drasticamente os investimentos em pesquisas de controle e contenção dos danos. Este posicionamento levou a uma substituição equivocada e desastrosa. A nova matriz energética baseada no farto volume de gás oriundo do leste europeu, desembocou no conflito entre Rússia e Ucrânia. As alternativas solar e eólica estão longe de conseguir suprir a carência energética. Estes posicionamentos trouxeram o continente ao impasse que hoje vive. Escassez, e altos preços da comodity energética.  O retorno aos combustíveis fósseis representa um retrocesso aos avanços conquistados pelo continente. Decorrente desta crise, a queda na atividade econômica leva o bloco a enfrentar altas taxas de inflação e o consequente risco de uma recessão dura e prolongada. Na incerteza de elevação dos juros pelo comitê gestor, os mercados seguem repercutindo os números desanimadores da economia local. Bolsas operam hoje no campo negativo.

EUA

A guerra impetrada pela Rússia sobre o território Ucraniano, tem mais do que uma simples contenda local, a participação do Governo Americano no conflito é maior do que parece. Transformar a Rússia num pária global, pode levar a dissolução do país como unidade nacional. Com um arsenal de guerra com cerca de 15.000 artefatos nucleares, este desmembramento pode transformar o território numa terra sem lei e de extremo risco global. Este alerta foi feito pelo Ex-Secretário de Estado do EUA – Henry Kissinger.

A atual crise econômica global, tem induzido os investidores a estocarem seu capital nos mercados de títulos e juros. Há ali, cerca de US$ 4.8 trilhões, aguardando o menor nível de mercado para os ativos. Nesta expectativa, os mercados seguem avaliando qual será o melhor momento para a ida as compras. Este posicionamento em busca de segurança é comum em tempos instáveis como os que estamos vivendo agora. A incerteza quanto ao posicionamento do FED em relação a política de juros, recomenda aos mais experientes cautela e paciência. Este ambiente derruba os índices no dia de hoje. Tanto nos EUA como na Europa. 

Ásia/Pacífico

A atual situação do empresário chinês JacK Má, simboliza os rumos da política interna do seu país de origem. No comando a gigante Alibaba, o empresário cresceu no período da expansão das ideias capitalistas no país. Com a mudança dos rumos ideológicos sob o comando de XI Jinping, o empresário hoje se encontra morando no Japão sem interesse em retornar ao continente. Em recente manobra política e econômica o governo chinês através de uma das administrações de província, assumiu o controle do braço financeiro do grupo. Esta aquisição permitiu que as autoridades tivessem acesso a mais de um bilhão de contas na unidade de transações de pagamento do grupo. Com sua população revertendo o quadro de crescimento populacional, o país entra em uma nova fase de sua economia. Alimentar quase um quarto da população do planeta será o grande desafio da administração central, de agora em diante. As pressões internas prometem ser elevadas. 

O iene segue pressionado no Japão, a situação do país, que tem mais de duas vezes e meia do seu PIB comprometidos com a dívida, segue complicada, as recentes posições do Banco Central Japonês tem surpreendido o mercado, o último movimento foi estacionário. Para um mercado que aguardava uma nova elevação dos juros, a declaração foi como um balde de água fria. Conseguir refrear a inflação que vem se mostrando resistente, sem comprometer o caixa do país, é a formula mágica paras os samurais. 

A Primeira Ministra da Nova Zelândia, declarou sua intenção de não permanecer no cargo.  Jacinta Arden, no comando do país desde 2017, sob a batuta do Partido Trabalhista, parece sentir o peso do cargo. Os membros do partido devem decidir em breve quem assumira a liderança. 

Os números no mercado asiático são controversos, com Seul e Shangai resistindo a onda de desanimo por lá.  

América Latina

Em entrevista em Davos, o Ministro da Fazendo do Brasil, defendeu maior integração entre os países do continente. Ele acredita que esta posição, trará maior desenvolvimento regional e elevará o nível de investimentos na industrialização e principalmente da produção de energia limpa. Dando destaque a incrementação na infraestrutura da região. Aventou ainda a entrada de novos membros ao Mercosul, fortalecendo o bloco. 

A Ministra do Meio ambiente, meteu-se me uma trapalhada informacional, ela afirmou que o Brasil tem cerca de 120 milhões de pessoa passando fome. Livrar-se da imagem de desinformada vai ser um pouco difícil depois desta. 

Commodities

O mercado de minério de ferro teve um novo alento, com cerda de 0,8% de elevação hoje, se sustenta na casa dos US$ 123.70 em Singapura. 

O petróleo, perdeu o patamar de US$ 87 que havia atingido no dia de ontem, refletindo o leve desanimo geral do mercado. No dia de hoje trabalha com alta de 0,57 % buscando manter-se em US$ 85.

Ibovespa

As falas do ocupante do Planalto, azedaram o dia de ontem no mercado. A mudanças pretendidas para o salário mínimo, geraram desconforto no índice da bolsa. O mercado acha que não há espaço para mais aumentos. Ele ainda afirmou que vai buscar mudanças nas tarifas do IR com vistas a aliviar a mordida para quem recebe até R$ 5.000, promessas de campanha. Os pitacos na meta de inflação e na independência do Banco Central também causaram mal-estar no mercado. Nessa gangorra de ânimos, o IBOV deve lutar para não cair no dia de hoje. 

Considerações

Após um período que beira a irresponsabilidade, as lideranças mundiais sentem os efeitos de suas atitudes. A economia, estuda os ânimos das comunidades, porém os números que ela estratifica destes ânimos, são implacáveis. Movimentos errados, causam danos elevados. A recuperação destes danos, podem perdurar por anos, ou décadas, impactando gerações que não foram responsáveis por estas diretrizes. A impregnação ideológica das decisões pode conduzir a humanidade a becos sem saída. As decisões intempestivas causam danos que não se pode reparar com um grito ou ordem. O comedimento e a prudência são imperativos para uma boa conduta.