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Destaques

Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

A precisão dos movimentos

Medidas precisas

Steve Buissinne - Pixabay


Europa

O pedido feito pelo governo alemão para que seus cidadãos reduzissem em 20% o consumo de energia, teve seu impacto. A produção industrial de dezembro teve queda de 3,1%, puxado pelos setores de uso intensivo de energia. No acumulado do ano, a queda foi de 0,6 em relação a 2021 e de 5,0% a 2019. O setor tem fundamental importância na economia do país.

A gigante britânica de energia, BP se junta as outras big oil. Em recente balanço divulgado a Cia, reportou lucro líquido de US$ 27,7 bilhões em 2022. Os problemas com a guerra no Leste europeu alavancaram os negócios do setor.

A Ucrânia se prepara para uma nova ofensiva Russa nas próximas semanas. O problema está longe de um desfecho. Informes indicam que a operação visa tomar toda a região oriental de Donbass. Autoridades russas alertam que o envio de equipamentos e armas para a Ucrânia, colocam os países membros da OTAN, no campo de batalha, ampliando a duração e abrangência do conflito.

EUA

A perversa concentração de industrialização que ocorreu nas décadas passadas, traz seu preço pela “globalização”. Países como EUA sentem a dependência de seus concorrentes. A concentração da produção de produtos estratégicos como ocorreu na China, fragiliza o equilíbrio entre os parceiros comerciais. A dependência chega a 60% da capacidade produtiva mundial, a reconstrução de uma cadeira de suprimentos, que não seja concentrada em uma única região ou parceiro comercial, será o desafio para as novas administrações.

Ásia/Pacífico

A figura de um novo líder para o Banco Central Japonês poder facilitar uma saída da atua política econômica adotada pelo BoJ. A aproximação do governo japonês ao Vice-governador do banco, Masayoshi Amamiya, é vista com bons olhos pelo mercado. A possível condução dele a cadeira de presidente da instituição passa pela aceitação pelo parlamento. Mas esse movimento já mexeu com o mercado. Questionado sobre a indicação de Amamiya, o Primeiro Ministro disse apenas que, deseja “continuar considerando o assunto”.

 América Latina

A queda de braço entre o governo empossado do Brasil e o Banco Central, segue em mais um round. Criticado pelo mandatário, a ata do Copom, alerta para a pouca transparência da política econômica do atual governo, esta falta de visibilidade, eleva o prémio nos preços dos ativos e impacta a percepção de inflação futura. Até 2024, essa pendenga promete muitas farpas e ameaças.

Commodities

A euforia da reabertura chinesa, não durou mais do que o feriado. Com os armazéns abarrotados, o porto de Dalian, recusa novas compras do minério de ferro, a cotação da tonelada caiu nessa madrugada. Cotado em US$ 121 em Singapura, o ferro amarga 1,87% na ilha e 0,6% em Dalian.

O petróleo volta a recuperar folego. Com problemas em terminais na Noruega por questões técnicas e na Turquia devido a catástrofe, o Brent está cotado a US$ 82.00, com alta de 0,95%. Estima-se que a China tem necessidade represada do produto.

IBOVESPA

O mercado tem um desafio a frente. Identificar a direção que seguirão os preços dos ativos. Na última pesquisa Focus, ficou claro que as cabeças pensantes estão céticas quanto os rumos do país. Ao manter a taxa básica de juros em 12,50%, o mercado aponta para uma instabilidade na condução econômica do governo. Na outra ponta desta instabilidade investidores em títulos do governo engessam os gastos públicos. Essa queda de braços será a linha de conduta para o investidor. Como as empresas reagirão a esta dinâmica, precificará o valor dos ativos no mercado. Será um ano desafiador para os analistas e consultores de investimentos. Os sinais vindos do FED também indicam a manutenção do torniquete de juros por lá. Os governos precisam voltar para dentro da jaula das contas equilibradas. O monstro liberado em 2020, não pode fazer mais vítimas, sob o risco e eliminar o futuro.

Considerações

O ajuste fino das economias, depende de variáveis muitas vezes incontroláveis. A percepção que o mercado tem de certas movimentações políticas, impactam profundamente as sociedades em que se encontram. Conflitos localizados tem abrangência global. O posicionamento de uma fábrica interfere no ambiente a sua volta, a transposição desta capacidade produtiva para longe de seu objetivo, pode remover dos olhos o problema por ela causado, mas pode desencadear novos problemas que não são possíveis de serem resolvidos. Encontrar novas soluções para as atuais questões é o desafio destes novos tempos. 

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