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Destaques

Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

Batalha pelo poder

Jogos

Moshe Harosh 

Manobras

A escolha do novo CEO para o UBS Group, mostra a necessidade de colocar o bonde nos trilhos. A escalação de Sérgio Ermotti, para a tarefa, demonstra a disposição do “sistema” de pôr ordem na casa. A fragilidade do setor financeiro estava exposta e precisava ser protegida. O movimento em torno do Crédit Suisse, foi o passo decisivo para o estanque da sangria que vinha ocorrendo.  A coalizão dos principais Bancos Centrais, foi consolidada na manobra realizado pelo regulador Suíço.

O que chama a atenção neste movimento que ocorreu nas últimas três semanas é que algo nos bastidores, abalou toda a estrutura financeira global. A extinção do Signature Bank, é uma ponta solta nesta história. Segundo a visão de alguns, a operação com o banco, destinou-se a reprimir o desenvolvimento, de meios de pagamentos que não estivessem sob o controle do sistema tradicional de trocas. A disponibilização de sistemas digitais para transações de criptos ativos, teria sido a gota final para a ação. Recentemente o segmento de criptos tem estado sob escrutínio das autoridades reguladoras.

Confronto

Desde o início da “operação especial militar” russa, o que temos visto é uma batalha velada pelo controle do sistema global de trocas.  As sanções impostas a Rússia, como o impedimento da utilização do Sistema Swift para as negociações econômicas de compra e venda, visavam impedir que Vladimir Putin, tivesse acesso ao mercado e aos dólares, provenientes das exportações de gás, petróleo e fertilizantes. Esta manobra foi realmente uma “sanção”? Ou foi provocada pelos desafiantes para dar início ao que vemos hoje?

Desde o início do conflito, o que temos visto e a deterioração da economia, principalmente na Europa e nos EUA. Um dos sinais de que alguém não está encontrando meios de se financiar, é que este alguém, passar a oferecer uma taxa de risco maior. Quem tem ofertado esta taxa maior ao mercado são os bancos fora da zona de sanções. Pode ser simplista esta minha visão, mas é uma questão em aberto.

Pelo o que temos visto do front, os equipamentos de combate utilizados, são desatualizados e de baixo custo. Seria um sinal de que o agressor estaria sem estrutura para esta empreitada? Ou estaria ele sangrando seu oponente, com o objetivo de drenar seus recursos numa guerra além do front?

Tabuleiro

Os movimentos na política global e na economia, tem demostrado, que por trás das manchetes, algo não publicado está acontecendo. Num olhar desanuviado de pendores e paixões, o que parece estar acontecendo, é que neste momento, o grupo que vem dominando a estrutura geopolítica, está enfraquecido, e seu oponente o observa na busca do momento exato para o golpe fatal.

A dinâmica do poder globalizado, utiliza de vários jogadores para conduzir uma manobra. Com a integração econômica ocorrida nas últimas cinco décadas, a disposição de peças no tabuleiro é crucial para a deflagração de um ataque.

Desafio

Vivemos um confronto entre duas forças poderosas. De um lado os que defendem a manutenção da estrutura vigente, de outro os que buscam uma nova formação de poder.

Como em uma batalha de animais selvagens, o líder beta, busca protagonismo no grupo, desafiando o líder alfa. Pelo o que é possível delinear do cenário atual, o líder alfa, atravessa um momento crítico de suas forças. Toda a sua habilidade de comando e liderança é conhecida pelo líder beta, e ele sabe que estas forças estão minadas. Para o desafiante, é uma questão de domínio de sua ansiedade. Como jogador meticuloso, movimenta seus peões no tabuleiro, provocando baixas e enfraquecendo o exército oponente.

Influência

A expansão de influência exercida pela China em continentes como Europa, África e
América Latina, tem atingido o poder do grupo que vinha no comando do planeta a séculos. A outrora toda poderosa Gran Bretanha, hoje luta para abastecer as prateleiras dos mercados. Seu poder de influência se restringe ao grupo que ainda reverencia a Coroa Britânica. A morte da Monarca Inglesa e um divisor de águas na capacidade de influenciar o mundo. O Xerife do Oeste Bravio, sente o impacto da queda da qualidade política interna. Enfiado em uma cruzada, pela quebra do espirito dos pais fundadores, o cidadão comum, vê seus valores seculares, sendo desmontados um a um, no parlamento e na sociedade. A sequência de governantes fracos e alinhados com esta visão progressista, faz da bandeira americana um fantasma do passado glorioso.

Domínio

A miséria em que foi esquecida a África, hoje é ferramenta para o estrangulamento econômico do continente, Países se endividaram para construir infraestrutura destinada a criar bases para a continuidade da exploração externa, em modelos econômicos que os escravizam numa nova maneira de grilhões. O retorno repentino dos antigos senhores, só cria mais fontes de conflitos internos, onde irmãos atacam irmãos em defesa de interesses alheios.

Na América Latina, a ascensão de lideranças de base progressista, tem deteriorado toda economia do continente. O esfacelamento das instituições de governo, tem sido a ferramenta usada para a imposição do domínio, seja executado por um lado ou por outro. Governos medíocres e de histórico sujo, ligados a corrupção, são o modelo local.

Desvio

O surgimento de um pensamento não alinhado, aos dois grupos clandestinos de poder, tem causado transtornos nesta batalha. O que se convencionou chamar de conservadorismo tem causado problemas aos objetivos de poder das facções que dominam a geopolítica.

No Brasil, a manobra para a remoção do pensamento conservador do núcleo político, não resultou em uma virada de mesa como desejavam os grupos conflitantes. Sendo um grupo com força desvinculante das duas vertentes. O conservadorismo “tupiniquim” foi um entrave na batalha pelo domínio do continente.

Por ser formado por duas correntes opostas, a nova gestão do país não conseguiu determinar uma trajetória clara de objetivos. Esta ambiguidade pode ser a trinca na base desta ruina. A independência da autoridade monetária de base conservadora e vertente econômica liberal, impede que seja lançada mão das ferramentas de deterioração da estrutura econômica do país. Esta desestruturação é a base última do plano de desorganização da estrutura produtiva do planeta. A quebra da cadeia de suprimentos é a ferramenta fundamental para a dominação final do novo modelo desejado por um dos lados.

Controle

Derrubar todos os players da economia global, é o projeto para lançar mão do controle econômico do que será a nova fronteira de consumo, a região Indo asiática.

Com cerca de 50% da população do planeta, o potencial de crescimento e geração de riquezas destas regiões é imenso. Cerca de 80% desta população vive distante das condições ideais de vida. A construção de uma sociedade rica e moderna gerará uma gama de investimentos jamais vista na economia global. Abocanhar o controle desse novo mundo é o objetivo final.

Ter o domínio do sistema de trocas entre empresas e nações é muito tentador, o volume de capital que circulará nesta nova sociedade é inimaginável. Os avanços tecnológicos que viveremos nas próximas décadas, provocarão um salto na realidade em que vivemos.

O vislumbre deste novo mundo, embriaga e distorce a mente dos que são sedentos de poder e riqueza. Estes líderes não medirão esforços para atingirem seus objetivos. Números não expressam sentimentos. Apenas compram o silêncio dos que bradam por justiça.

Esta é a verdade do que estamos vivenciando. Uma batalha pelo poder futuro.

A partilha do poder é a melhor forma de evitarmos a tirania e o domínio de um pensamento único. 

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