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Batalha pelo poder
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| Moshe Harosh |
Manobras
A escolha do novo CEO para o UBS Group, mostra a necessidade de colocar o bonde nos trilhos. A escalação de Sérgio Ermotti, para a tarefa, demonstra a disposição do “sistema” de pôr ordem na casa. A fragilidade do setor financeiro estava exposta e precisava ser protegida. O movimento em torno do Crédit Suisse, foi o passo decisivo para o estanque da sangria que vinha ocorrendo. A coalizão dos principais Bancos Centrais, foi consolidada na manobra realizado pelo regulador Suíço.
O que chama a atenção neste movimento que ocorreu nas
últimas três semanas é que algo nos bastidores, abalou toda a estrutura financeira
global. A extinção do Signature Bank, é uma ponta solta nesta história. Segundo
a visão de alguns, a operação com o banco, destinou-se a reprimir o
desenvolvimento, de meios de pagamentos que não estivessem sob o controle do
sistema tradicional de trocas. A disponibilização de sistemas digitais para transações
de criptos ativos, teria sido a gota final para a ação. Recentemente o segmento
de criptos tem estado sob escrutínio das autoridades reguladoras.
Confronto
Desde o início da “operação especial militar” russa, o que
temos visto é uma batalha velada pelo controle do sistema global de trocas. As sanções impostas a Rússia, como o impedimento
da utilização do Sistema Swift para as negociações econômicas de compra e
venda, visavam impedir que Vladimir Putin, tivesse acesso ao mercado e aos dólares,
provenientes das exportações de gás, petróleo e fertilizantes. Esta manobra foi
realmente uma “sanção”? Ou foi provocada pelos desafiantes para dar início ao
que vemos hoje?
Desde o início do conflito, o que temos visto e a
deterioração da economia, principalmente na Europa e nos EUA. Um dos sinais de
que alguém não está encontrando meios de se financiar, é que este alguém, passar
a oferecer uma taxa de risco maior. Quem tem ofertado esta taxa maior ao
mercado são os bancos fora da zona de sanções. Pode ser simplista esta minha visão,
mas é uma questão em aberto.
Pelo o que temos visto do front, os equipamentos de combate
utilizados, são desatualizados e de baixo custo. Seria um sinal de que o
agressor estaria sem estrutura para esta empreitada? Ou estaria ele sangrando
seu oponente, com o objetivo de drenar seus recursos numa guerra além do front?
Tabuleiro
Os movimentos na política global e na economia, tem demostrado,
que por trás das manchetes, algo não publicado está acontecendo. Num olhar
desanuviado de pendores e paixões, o que parece estar acontecendo, é que neste
momento, o grupo que vem dominando a estrutura geopolítica, está enfraquecido, e
seu oponente o observa na busca do momento exato para o golpe fatal.
A dinâmica do poder globalizado, utiliza de vários jogadores
para conduzir uma manobra. Com a integração econômica ocorrida nas últimas
cinco décadas, a disposição de peças no tabuleiro é crucial para a deflagração
de um ataque.
Desafio
Vivemos um confronto entre duas forças poderosas. De um lado
os que defendem a manutenção da estrutura vigente, de outro os que buscam uma
nova formação de poder.
Como em uma batalha de animais selvagens, o líder beta, busca
protagonismo no grupo, desafiando o líder alfa. Pelo o que é possível delinear
do cenário atual, o líder alfa, atravessa um momento crítico de suas forças. Toda a sua habilidade de comando e liderança é conhecida pelo líder beta, e ele sabe que estas forças estão minadas. Para o desafiante, é uma questão de domínio de
sua ansiedade. Como jogador meticuloso, movimenta seus peões no tabuleiro,
provocando baixas e enfraquecendo o exército oponente.
Influência
A expansão de influência exercida pela China em continentes
como Europa, África e
América Latina, tem atingido o poder do grupo que vinha no comando do planeta a
séculos. A outrora toda poderosa Gran Bretanha, hoje luta para abastecer as
prateleiras dos mercados. Seu poder de influência se restringe ao grupo que
ainda reverencia a Coroa Britânica. A morte da Monarca Inglesa e um divisor de
águas na capacidade de influenciar o mundo. O Xerife do Oeste Bravio, sente o
impacto da queda da qualidade política interna. Enfiado em uma cruzada, pela
quebra do espirito dos pais fundadores, o cidadão comum, vê seus valores
seculares, sendo desmontados um a um, no parlamento e na sociedade. A sequência de governantes fracos e alinhados com
esta visão progressista, faz da bandeira americana um fantasma do passado
glorioso.
Domínio
A miséria em que foi esquecida a África, hoje é ferramenta
para o estrangulamento econômico do continente, Países se endividaram para construir
infraestrutura destinada a criar bases para a continuidade da exploração
externa, em modelos econômicos que os escravizam numa nova maneira de grilhões.
O retorno repentino dos antigos senhores, só cria mais fontes de conflitos
internos, onde irmãos atacam irmãos em defesa de interesses alheios.
Na América Latina, a ascensão de lideranças de base
progressista, tem deteriorado toda economia do continente. O esfacelamento das
instituições de governo, tem sido a ferramenta usada para a imposição do
domínio, seja executado por um lado ou por outro. Governos medíocres e de histórico
sujo, ligados a corrupção, são o modelo local.
Desvio
O surgimento de um pensamento não alinhado, aos dois grupos
clandestinos de poder, tem causado transtornos nesta batalha. O que se
convencionou chamar de conservadorismo tem causado problemas aos objetivos de poder das facções que dominam a geopolítica.
No Brasil, a manobra para a remoção do pensamento
conservador do núcleo político, não resultou em uma virada de mesa como
desejavam os grupos conflitantes. Sendo um grupo com força desvinculante das
duas vertentes. O conservadorismo “tupiniquim” foi um entrave na batalha pelo domínio
do continente.
Por ser formado por duas correntes opostas, a nova gestão do
país não conseguiu determinar uma trajetória clara de objetivos. Esta
ambiguidade pode ser a trinca na base desta ruina. A independência da
autoridade monetária de base conservadora e vertente econômica liberal, impede
que seja lançada mão das ferramentas de deterioração da estrutura econômica do
país. Esta desestruturação é a base última do plano de desorganização da
estrutura produtiva do planeta. A quebra da cadeia de suprimentos é a
ferramenta fundamental para a dominação final do novo modelo desejado por um
dos lados.
Controle
Derrubar todos os players da economia global, é o projeto
para lançar mão do controle econômico do que será a nova fronteira de consumo, a
região Indo asiática.
Com cerca de 50% da população do planeta, o potencial de crescimento
e geração de riquezas destas regiões é imenso. Cerca de 80% desta população
vive distante das condições ideais de vida. A construção de uma sociedade rica
e moderna gerará uma gama de investimentos jamais vista na economia global. Abocanhar
o controle desse novo mundo é o objetivo final.
Ter o domínio do sistema de trocas entre empresas e nações é
muito tentador, o volume de capital que circulará nesta nova sociedade é inimaginável.
Os avanços tecnológicos que viveremos nas próximas décadas, provocarão um salto
na realidade em que vivemos.
O vislumbre deste novo mundo, embriaga e distorce a mente
dos que são sedentos de poder e riqueza. Estes líderes não medirão esforços para
atingirem seus objetivos. Números não expressam sentimentos. Apenas compram o
silêncio dos que bradam por justiça.
Esta é a verdade do que estamos vivenciando. Uma batalha
pelo poder futuro.
A partilha do poder é a melhor forma de evitarmos a tirania
e o domínio de um pensamento único.
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