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Destaques

Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

A próxima tacada


Os impactos da atual crise, continuam acontecendo.

HeungSoon - Pixabay

Deterioração 

A deterioração da economia europeia, mostra seus sinais nas principais nações do continente.

A queda do poder de compra da libra é sentida pelo cidadão inglês. A inflação vivida no Reino Unido empobreceu toda a sociedade.

O trabalhador alemão reclama da queda em sua renda, greves tem pressionado o governo em busca de melhores ganhos.

As questões envolvendo o acordo de exportação de grãos da Ucrânia, podem agravar a já frágil situação do equilíbrio de preços no continente europeu.

Sanções

As sanções impostas aos produtos russos, mudaram o perfil de fornecimento da energia. O gás antes recebido por dutos, agora vem de forma liquefeita, oriundo do Qatar ou da América. Esta mudança impôs gastos na adequação de equipamentos e na infraestrutura para recebimento via marítima, elevando o custo da energia, contaminando toda a base da produção e impactando os preços na economia.  

A participação russa no mercado de combustíveis fósseis deve ser fortemente reduzida, obrigando a uma mudança na forma de exportação das commodities energéticas, pressionando os preços no mercado global. Este reposicionamento deverá induzir uma recuperação em mercados como o Oriente Médio e EUA.

O desequilíbrio causado na economia global, forçou a elevação das taxas básicas de juros com o objetivo de conter a elevação dos preços dos produtos e serviços. Esta manobra abalou as finanças de pessoas e empresas, reduzindo ganhos e enfraquecendo os balanços e caixa.

A ameaça de falências generalizadas, assustou o mercado. Bancos e instituições financeiras passaram por liquidações e incorporações. A ação das autoridades monetárias em todo o mundo se fez presente mais uma vez.

Instabilidade

A instabilidade política ameaça a continuidade econômica.

O recente conflito na África alertou para uma nova possibilidade de impasse entre as potencias globais. O Sudão tem posição estratégica no fluxo global de mercadorias, seus portos estão posicionados no Mar Vermelho, corredor fundamental para o comércio entre oriente e ocidente, suas reservas de petróleo e ouro também despertam interesses externos.

A questão envolvendo a Ilha de Taiwan vai além da integridade territorial chinesa, a capacidade tecnológica e produtiva no mercado de semicondutores é estratégica e de importância global.

O conflito na Ucrânia tem componentes desconhecidos do público em geral, o país é responsável pela produção de grande parte dos grãos que alimentam a Europa e detém a produção de cerca de 90% do gás neon utilizado na produção de semicondutores e chips eletrônicos.

Trabalho

O esvaziamento industrial ocorrido nos EUA nas décadas passadas, hoje ameaça a soberania da principal economia do planeta. A excessiva dependência externa, causou danos para a sociedade americana, que deteriorou nos últimos anos. A falta de ocupação para o trabalhador gerou dependência do estado e agravou a situação econômica elevando a dívida do país, impondo pesados gastos com despesas de juros, reduzindo a capacidade de investimentos.

A retomada da recuperação econômica dos antigos centros econômicos será o desafio das próximas décadas.

O centro de consumo se deslocou na geografia global. O potencial de desenvolvimento deve se concentrar no médio e extremo oriente. A carência de infraestrutura e a elevação da renda per-capital dos países da região deve consumir os investimentos nos próximos anos.

Realidade

Esta realidade é a causa dessa situação de conflito generalizado no planeta.

A perspectiva de um mercado mais disputado, leva os concorrentes a imporem suas forças contra nações menos poderosas. Este estado de coisa se mostra no caso da América Latina, forte concorrente no setor agro, contra os EUA. As manobras de proteção da indústria norte americana passam pela deterioração da estabilidade política no continente do sul. A imposição de limitações “ambientais” são outra forma de reprimir o desenvolvimento de potenciais concorrentes no fornecimento de alimentos para os próximos anos.

Desestabilizar política e economicamente o continente latino é uma forma de controlar o impacto comercial que a região pode produzir na economia global.

Avanço

O avanço chinês sobre o continente africano, abandonado por décadas pelo ocidente, deve produzir uma “divisão” de territórios. O potencial produtivo da África ainda deve ser construído para rivalizar com o continente sul americano. Os dois territórios devem ser loteados segundo os interesses das forças que se enfrentam no embate global.

De um lado o grupo liderado pelos EUA, dominando a América Latina e de outro o grupo Chinês que deve se apoderar do continente africano e Oriente Médio.

Esta deve ser a divisão de forças que comandará a política e a economia global. Nenhum dos oponentes tem potencial para reinar soberano. Nas próximas décadas veremos as disputas por territórios e por domínio político e econômico.

Declínio 

Enfrentaremos no início o resultado desse declínio, para em etapa posterior vermos os posicionamentos estratégicos de parceiros e aliados nos campos de interesses.

Estamos vivendo um novo cenário de guerra fria entre duas potencias globais de igual poder econômico e bélico.

Resta saber como jogarão esta nova partida global.

 

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