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Geografia do poder
Equilíbrio de forças
Palco
O evento envolvendo o conflito Rússia Ucrânia, é o palco
para o desenrolar da disputa pelo poder global.
Olhando a geografia dos países envolvidos, fica melhor a
compreensão das questões que levam um pais a guerra.
Use um aplicativo que mostre os mapas destes países.
Localização
A Rússia, tem um extenso território, grande parte dele
congelado quase que constantemente. Ocupar e desenvolver as regiões congeladas é
um desafio de sobrevivência para a vida humana. Sua região habitável está mais próxima
a Europa. Devido a esta configuração geográfica a navegação fica basicamente
confinada a saídas marítimas por corredores e estreitos navegáveis. Ai esta um
ponto fundamental nesse conflito, a liberdade para navegação.
Tendo caminhos controlados por opositores, o “pedágio”
exigido é a submissão de condutas favoráveis a um “dono” de território. Nenhuma
nação soberana se sujeita ao domínio imposto por outra.
Cerco
No caso da China a situação se repete. Cercada por aliados
dos EUA, a nação do oriente se vê obrigada a também pagar “pedágio” para sua
liberdade.
O poderio de policiamento dos caminhos de navegação controla
o desenvolvimento dos países aliados e opositores. Nesta batalha pelo poder de
decidir quem tem acesso a liberdade e ao crescimento é que nos vemos hoje.
Visão
A imagem que postei neste texto mostra como estamos agora.
Não há como haver um vencedor deste impasse.
Países como Rússia e China, não tem como se lançar ao mar
sem passar por portais de pedágio, por outro lado o mundo econômico não
sobrevive sem o potencial de mercado que os dois países representam. A menos
que um acordo saia das malas diplomáticas, todos morrerão nesta luta.
Potencial
O potencial econômico representado pelos países ocidentais
se esgotou, a nova fronteira do desenvolvimento está localizada no coração do
que seria a pangeia. Ásia, Oriente Médio e região intermediária ao triângulo
formado por Pequim, Johanesburgo, Berlin, avançando rumo a Moscou e Casa Blanca
no Marrocos. Doha e Dubai, já sinalizaram nesta direção. Este universo ainda
vai consumir petróleo, o estágio de desenvolvimento destas regiões ainda está
longe dos E-veículos. Muitos dos cidadãos destas regiões sequer se alimentam
regularmente.
Explorar este potencial é o objetivo dos que hoje lutam pela
supremacia. Mas como descreve a imagem, lutam para vencer um ao outro. Numa
batalha inglória.
Reino
O grupo formado na Aliança Norte Atlântica, sempre reinou
soberano, muitos grupos fora desse eixo, prosperaram e até dominaram a região
por algum tempo, porém o posicionamento geográfico sempre favoreceu, as
potencias desta aliança. Com acesso livre ao mar e tendo como se posicionar de
invasores via terrestre, o controle econômico sempre foi uma força a favor
destes países.
Com o fenômeno da globalização, a mão de obra básica, foi
ocupada nos territórios locais, onde a implementação da industrialização a
baixo custo ocorreu nos últimos 40 anos. A evolução do trabalhador nos
territórios desenvolvidos, o afastou das tarefas mais fundamentais. O “ocidental
padrão” não se interessa mais por tarefas não qualificadas. Isso empurrou as
plantas de alto consumo de mão de obra para as novas regiões.
Consumo
Por décadas as autoridades, fomentaram um consumo
desenfreado, proporcionando um bem estar fictício aos cidadãos do mundo desenvolvido.
A riqueza gerada pelo trabalho, mais recursos e engenho, favoreceu os países que
vinham sendo “explorados” por sua mão de obra barata.
Estes por sua vez, acostumados a poucos recursos, estocaram riqueza
e fizeram uso dela, angariando novos aliados, que recebiam apoio para aliviar suas dificuldades.
Agora diante da visualização da fraqueza do dominador, os
dominados se levantaram e pedem um lugar na mesa.
Este levante vem sendo orquestrado de forma sincronizada. O
avanço das tropas russas sobre o território Ucraniano, foi apenas o pano de
fundo para esta cena. Os embargos e a crise econômica desencadeada pelo
conflito, é o alvo objetivo.
Armadilha
O sapo se deixou engolir para alcançar o pescoço da garça. Ele ainda respira, ela segue sufocada.
A economia americana, necessita da fluidez de sua moeda para
continuar o curso de sobrevivência, a Europa escolheu ser dependente de energia
externa e barata. A ilusão da conversão da matriz energética, foi a meu ver,
patrocinada como parte do plano de indução ao auto estrangulamento.
Não vejo outra saída, senão o declínio do poder de controlar
o globo, para a sobrevivência do bloco europeu e da américa livre. Uma saída honrosa
foi oferecida no episódio da fusão do Crédit Suisse com o UBS. O recuo do Banco
Saudita de socorrer o CS, foi uma demonstração de que não temos medo do poder
vindo do ocidente. A movimentação necessária para a paralização da contaminação,
foi o sinal de que não há bala na agulha para enfrentar esse combate.
Aliança
A quebra da aliança “petrodólar”, será a cartada final antes
do embate propriamente dito.
A criação de um novo indexador econômico global, prevista
para agosto próximo, marca o início do isolamento do clube de Bruxelas. Países
fora do círculo de comando do G7 se articulam para sobreviverem à revelia das
economias centrais.
O volume de negócios que ocorrem nos países periféricos hoje
suplanta em muito, a relação com os países centrais.
O que ainda limita a liberdade das nações emergentes, é o desenvolvimento
e o domínio das novas tecnologias.
Se por um lado, as tecnologias ainda restringem, os países em
crescimento, seu peso na produção de insumos e no potencial consumo
intermediário, equilibra a balança.
Equilíbrio
O smartfone de tecnologia mais avançada ainda não é capaz de
materializar um tomate no prato em que é fotografado.
O equilíbrio desta balança é que impede o mundo de
desembocar em um tempo de dor e trevas.
Apesar dos temores momentâneos, o resultado desta
transformação segue no horizonte. Não há vencedores em uma guerra, apenas os
que vão colher a riqueza alheia em nome das compensações pela a agressão.
A iminência do conflito final, é real, mas a loucura não
passa de um teatro em busca de plateia, para que o adversário recue de seu
intento.
Levaremos décadas até que encontremos um ponto de equilíbrio,
mas ele virá. Não há o que temer, apenas controle suas emoções, temos muitos
episódios nesta série do streaming da vida.
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