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Destaques

Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

Movimento Global

 Movimento global

Dores de cabeça da economia global e suas implicações da política e na sociedade
Benoît DE HAAS - Pixabay


Liderança

Como uma peregrinação religiosa, a agenda diplomática chinesa está cheia. O mês de abril mal começou, e por lá já passaram, a Presidente da União Europeia, o Presidente Francês, membros do Governo Iraniano, Arábia Saudita. Nesta semana, desembarcam, o Presidente empossado do Brasil, a Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, e outras autoridade de menor relevância.

A fala desastrosa do presidente Emmauel Macron, repercutiu nos círculos diplomáticos europeu e americano. O desconforto gerado pela defesa de isenção da Europa na questão envolvendo Taiwan, desagradou ao governo anfitrião e aos interesses americanos e europeus na região.

Disputa

A ilha de Taiwan, é hoje, o centro do mundo em relação aos semicondutores fundamentais para a indústria de tecnologia da informação. Está e a causa de todo este desconforto entre as superpotências mundiais, o domínio do desenvolvimento tecnológico.

Na disputa pela liderança global, o domínio de novas tecnologias é um diferencial competitivo.

China e EUA, disputam abertamente a posição de liderança na cabeceira da mesa global, no atual momento, a liderança política e econômica dos EUA está sendo posta à prova.

Lider fraco

Vítima de uma sequência de governança fraca, os EUA têm decaído nas últimas décadas. O envolvimento em guerras falsas e inúteis, tem derrubado o respeito pela potência econômica e militar de outrora.

A desindustrialização ocorrida nos anos 1990/2000, colocou de joelhos a maior potência econômica da história recente. A dependência externa, inclusive de mão de obra de baixa qualificação, destruiu o poder econômico e o espirito patriótico americano.

No atual governo, há uma tentativa de retomada da industrialização interna, porém, hoje o mercado está com os olhos voltados para a nova fronteira econômica do oriente, com potencial de consumo e um parque produtivo instalado e pujante, mais conectado ao velho mundo, através de todas as vias, sejam terrestres, marítimas ou aérea, gerando vantagem competitiva em relação a nação além mar da américa.

Oferta

A disputa global por influência, passa por um posicionamento de “cooperação” como os parceiros, atitude que vem sendo “ofertada” pela China aos potenciais aliados globais.

Em uma trama que poderia ser descrita por Maquiavel, a China vem contestando a autoridade Americana, por sua postura central e policialesca, onde os demais membros das organizações multilaterais obedecem ao mandatário do grupo.

Ao indicar que o “líder” está sendo rude e autoritário, a diplomacia chinesa, atrai para seu círculo, apoiadores enfraquecidos e tomados pelo “ciúme” da subserviência, sem se aperceberem que apenas estão mudando de “senhor”. Esta “multilateralidade” apregoada na atualidade, visa angariar para o rol oriental o maior número de descontentes possíveis, para um racha no tecido da atual liderança.

Os outros

A América Latina tem desempenhado um papel secundário nesta disputa. Alvo da cobiça de suas riquezas naturais, hoje está tomada por lideranças medíocres e apenas interessadas no ganho momentâneo e inescrupuloso.

Com viés progressista e autoritário, as correntes políticas dominantes, afundam as nações da região em um pântano econômico e cultural, que onera o futuro de toda a sociedade.

A América Latina como um todo, é vista como um continente lateral e explorável segundo os interesses dos que reinam nas corporações econômicas e organizações políticas.

Importância

Ligada por laços culturais e por sua proximidade do continente central, a África, desperta interesses na batalha pelo controle global. Ladeando um corredor importante no comércio internacional, o continente ainda acomoda recursos minerais e riquezas naturais em seu solo. Carente de recursos administrativos e culturalmente defasado do restante do mundo. Os países africanos são prezas fáceis para o financiamento exploratório e a distribuição de “bondades” interesseiras e sedutoras.

O controle do território africano, coloca a potência global dominante, em posição de policiar o comercio mundial através do monitoramento do fluxo que navega pelas águas do Oceano indico.  A “parceria” dos países da região será fundamental para esse controle.

Direção

Este processo ainda terá muitas etapas, porém o ritmo que tem sido implementado é anormal e pode desembocar em uma encruzilhada preocupante e desastrosa.

Os acontecimentos envolvendo o conflito na Ucrânia, desencadearam uma crise energética e alimentar na Europa, esta “crise” tem o objetivo claro de intimidar o continente diante de seu apoio aos laços com os EUA.

Chantagem

O estrangulamento da economia europeia, foi engendrado pelos dois lados da disputa, colocando os europeus no dilema de escolha de um só parceiro. O fechamento da torneira da dependência energética, empurrou os países do bloco, na direção da importação de gás, por meios marítimos. Esta situação elevou os custos e impediu a recuperação da economia após o impacto da crise sanitária. Este estado de coisa, debilitou as forças econômicas locais e subjugou as forças políticas, dividindo os interesses e apoios internos.

Independência

O “grito” pela independência e unidade do bloco pode elevar o nível de pressão do torniquete econômico em que se encontra a Europa. A sutileza das negociações vai determinar para qual lado da balança o peso do bloco irá pender.

Visão

Até o momento, o que é possível vislumbrar, é que, diante da fraqueza política dos líderes americanos, a hegemonia do dólar como constante de paridade, está ameaçada há um ritmo além do desejado.

Como em uma crise de labirintite, podemos ver o centro do mundo, mudar de posição em questão de meses ou semanas, ou apenas nos fazer viver numa longa enxaqueca, que pode evoluir para uma séria intervenção cirúrgica devastadora.

 

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