Silêncio
Titulo
Quando o filme título deste texto foi lançado nos anos mil novecentos e noventa, eu fui surpreendido pela descrição que um amigo fez de uma de suas cenas, onde o “vilão”, ataca um de seus guardas e com os próprios dentes, desfecha um golpe brutal.
A minha surpresa não foi por ver a cena em si, ao assistir posteriormente, mas, por ver meu amigo na época descreve-la com um certo prazer entre suas falas.
Medo
Isto me assustou, e ainda apavora.
Passados todos estes anos, volto a sentir o mesmo temor, ao ver com meus olhos a revolta de toda uma população quanto ao resultado de um pleito, e ver o brutal silêncio da mídia tradicional.
A liberdade de expressão segue sofrendo insanos ataques, ao largo da letra da lei.
Numa lembrança da figura do macabro Hannibal, a ironia trouxe outra figura calva para aterrorizar toda uma nação.
Sadismo
Ao contrário do que ocorre no filme, a mídia e as instituições não desejam o fim, do macabro desenrolar da história.
Prolongam o sofrimento de suas vítimas.
O silêncio imposto aos inocentes, segue amordaçando a voz das ruas.
Não são palavras mortas jogadas ao vento, são imagens vivas em minha retina, sentidas no arrepiar do calor humano, que reina no ambiente de insatisfação e revolta.
Nas portas das casernas corações inocentes bradaram por amparo, ao receberem o apunhalar nas costas
O futuro se tinge de vermelho qual poça de sangue em um ambiente de crime.
Conivência
O mercado é conivente com tal atrocidade.
Os senhores do “my precious”, idolatram o ganho fácil, e com toda a força de suas canetas, autorizam a queima de capital para que a verdade não viva.
Num giro nas páginas econômicas, a normalidade se estampa como num prostibulo, fervilhando de clientes.
Vergonha
Tudo se esconde nos corredores da vergonha.
Uma única letra não é encontrada sobre a verdade. Fragmentos devem ser colhidos para montar a imagem de um quebra cabeça insano.
“Seguimos confiantes” de que o grito vindo do subsolo,
será abafado pelo som de nossos “Pradas”. Pensam os senhores do "poder".
Desordem
Assim caminhamos rumo a desordem e o autoritarismo.
Com o “mercado” ajustando seus teclados para um dia “triunfante” de ganhos e “vitorias”.
Não importa a dor e a censura impostas, o que vale é o trocado no bolso.
Até quando estes senhores estarão imunes a verdade.
Na embriagues do lucro, será que um dia a piscina estará cheia de ratos?
Será que suas ideias não correspondem aos fatos.
O tempo não para.
Lembrando o poeta, rogo para que, assim como no filme, as ruas não fiquem sujas de vermelho, do sangue de inocentes.
Tristeza
Foi triste para mim, descrever estas cenas, mas é preciso, pois quem sabe, faz a hora não espera acontecer.
Este texto tem base em fatos e acontecimentos que ocorrem no Brasil, mas podem muito bem descrever o que vem ocorrendo e muitas outras nações do mundo.
A ganancia, o autoritarismo, a covardia e a conivência, formam o "caráter", de grande maioria dos líderes globais.
Ps: este texto foi publicado em 07 de novembro de 2022, e adaptado nesta publicação com o mesmo nome original.
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