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Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

Acomodação das forças.


Cordéis do poder


Alex Yomare - Pixabay
Emanuel Macron, presidente da França, puxou a fila para um novo acordo global sobre finanças e economia. A Cimeira de Paris reúne representantes de mais de 100 países, estão reunidos ali, membros de governos, empresários, líderes globais.

Depois do vendaval econômico vivido nos últimos três anos, os líderes mundiais iniciam negociações para elaborar um novo modelo econômico. A atual estrutura econômica é baseada no encontro de Bretton Woods. Diante das atuais dimensões da economia global, a estrutura vigente já não abrange a dinâmica do mercado atual. A introdução de tecnologias modernas tornou muito mais rápida a migração de capitais para as novas fronteiras de desenvolvimento.  Esta agilidade facilitou movimentos que colocam em risco o equilíbrio entre as nações e suas economias.

O desafio dos atuais líderes é acomodar no centro das decisões novos membros. O chamado grupo dos sete, conhecido como G7, reunia até recentemente as principais forças econômicas e políticas oriundas do pós guerra. Com a virada do milênio, novas forças econômicas se apresentaram. Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul representam hoje a maior fatia no PIB mundial. Os Brics representam 31,5% do que é gerado em todo o planeta. Liderados pela China, o bloco, é a locomotiva que impulsionara o avanço do atual milênio.

Reunindo mais de 40% da população global, os Brics são a nova fronteira a ser elevada na condição de força de consumo.

A base do conflito que hoje ocorre no leste europeu, tem suas raízes no confronto entre as forças econômicas e políticas que se digladiam nesta disputa pela supremacia econômica vindoura. A região da Ucrânia e parte da Rússia que no momento são palco dos combates, é um importante polo agrícola global. O domínio do território e das riquezas ali contidas é fundamental para os grupos que disputam o poder mundial.

Populações das regiões entre Rússia, Índia e China ainda vivem em condições sociais e econômicas muito atrasadas, a África é um complemento neste universo a ser explorado da economia mundial.

As tradicionais forças que dominaram a nível mundial, hoje veem seu poderio ameaçado pelas elites locais destes novos territórios.

O desafio desta reunião de líderes que ocorre me Paris é encontrar ressonância nas demais nações aos interesses por eles defendidos.

Recentemente, a Rússia promoveu um encontro semelhante em São Petersburgo com objetivo de fortalecer sua posição no cenário global. Um encontro dos Brics está previsto para ocorrer em Joanesburgo África do Sul.

As lideranças mundiais se articulam para costurar um acordo que de um fim no conflito nos territórios da Ucrânia e que leve a um rearranjo do poder político e econômico no planeta.

A hegemonia exercida pelo chamado Grupo de Bruxelas, hoje já não se sustenta globalmente. Uma nova distribuição de cadeiras na mesa de decisões deve sair destas reuniões, caso isso não ocorra, o risco de um confronto de proporções globais pode ser o que resultará das tensões existentes no momento.

 

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