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Trapalhadas políticas
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| Myriams-Fotos -Pixabay |
Hot ice
Como se não bastasse insinuar que Xi Jinping não sabe o que
seus generais estão fazendo, Biden ainda classificou o Presidente chinês de
ditador, tudo isso um dia após seu Secretário de Estado ter aterrizado em
Pequim portando uma “máquina niveladora” para remover os entraves diplomáticos entre
os dois países.
As relações entre EUA e China são muito superiores as
questões diplomáticas. Hoje a ligação econômica entre as duas nações está tão
intrincada que já não é possível distinguir quem é hospedeiro e quem é
parasita. Há uma simbiose tão grande que uma ruptura entre as duas potências
levaria suas economias ao caos e a derrocada.
Um dos maiores credores dos EUA, hoje China detém cerda de
US$ 800 bilhões em títulos do governo americano, a queda do valor de face
destas notas de crédito levaria o país a ruina.
Toda a pressão realizada no sentido de remoção do dólar como
referência nas transações comerciais tem o objetivo de encontrar uma melhor
condição de negociação econômica entre os dois países.
Na condição geopolítica os EUA precisam da China como fornecedora
de produtos a baixo custos, pois a sua produção interna não é capaz de suprir o
nível de consumo do país. A desindustrialização ocorrida nos anos 1980/2000 gerou
uma massa de trabalhadores que foram alocados em setores que ofereciam melhores
ganhos aos operários. Isso elevou os custos internos e desestimulou o
empreendimento industrial, hoje um grande desafio para o projeto de
desvinculação da economia chinesa.
Por outro lado, o crescimento chines se deu pela via de
exportação, visando a busca de ganhos para incrementar o crescimento e transformação
do país. Ao estimular a construção de riqueza, a politica industrial chinesa levou
o país a uma armadilha econômica. O desenvolvimento de uma classe média interna
de cerca de 300 milhões de chineses, produziu uma mentalidade social de
reivindicação de mais e melhores condições de vida. Este pensamento crítico
hoje pressiona a cúpula política do país. Hoje dois em cada dez chineses pensam
em ter mais que casa e comida e os demais desejam atingir a condição de melhor qualidade
de vida do que a que enfrenta atualmente. Muitos chineses ainda vivem em
condições sub humanas nos grandes centros, gerando bolsões de pressão social.
A retórica política de ambas nas relações diplomáticas, pode
ser mais de encenação política do que desejo de dominação do oponente. A interdependência é clara e real.
O que estamos vendo é que a dinâmica entre as duas nações está
mudando. O que ocorreu nas décadas de 1970/80, com os Yankees chegando com suas
marcas como Coca Cola e MacDonald hoje já não tem o mesmo impacto na sociedade
chinesa e na política do país.
Hoje a Nação chinesa busca seu lugar no cenário
internacional como coparticipe do desenvolvimento e da dinâmica econômica e
política do planeta. E pelo que temos visto ultimamente a China não pretende
recuar de seu protagonismo geopolítico.
A atual liderança americana parece não entender que os
tempos mudaram e que novos jogadores buscam dar cartas na mesa do jogo político.
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