Pesquisar este blog
Informações sobre o mundo dos investimentos, mercado financeiro, commodities, dólar, bolsa de valores, ouro, petróleo, minério de ferro, day trade, e as questões políticas que envolvem o mercado.
Destaques
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Curva de navio. A economia pós crise.
As etapas do crescimento.
![]() |
| Three-shots - Pixabay |
Toda sociedade ao longo de sua história acaba estabelecendo um modelo em pirâmide em sua dinâmica de poder.
O modelo de voo em bandos de certos pássaros, é uma imagem
clara de como isso funciona ao longo da história social. No voo, os mais fortes
seguem na frente para que os retardatários ocupem espaços entre os fluxos de ar
movimentados pelo líder. Esta formação permite que o grupo poupe energias ao
voar em direção ao seu destino. Para que todos estejam equilibrados em suas
forças, a troca da liderança é realizada constantemente. O que vinha a frente,
por estar exausto, posiciona-se na ponta anterior do delta, tendo assim tempo
para se recuperar.
Na estrutura social humana, o formato delta também ocorre, com
os menos esclarecidos embasando a estrutura social. Esta forma de organização é
quase que obrigatória, sempre que houver uma interação social, haverá uma hierarquização
das relações. Os pendores psicológicos estabelecem um tabuleiro de
posicionamentos dentro dos grupos. Não há como fugir desta dinâmica.
Elaborei o raciocínio acima para correlacionar com o que os acontecimentos recentes na economia.
A exaustão do modelo socio econômico atual é clara e visível.
A locomotiva que impulsionou a economia e a sociedade nos dois últimos séculos
perdeu seu folego. A parceria estabelecida entre EUA e Reino Unido na liderança
global perdeu seu ritmo. O surgimento de uma nova visão da condução da
sociedade está se formando. O candidato natural para esta nova faze vem se
construindo ao longo dos últimos cinquenta anos. A China desponta como virtual
interessado nesta posição. O desafio do gigante asiático é continuar integro e estável.
A crise desencadeada pela onda sanitária que varreu o mundo
em dois mil e vinte, ainda balança os fundamentos econômicos. O país asiático tem
pela frente um grande exercício de estabilidade política, o surgimento de uma
classe média forte e gigantesca em relação a outras nações, que não estava
previsto nos planos do partido central. Hoje cerca de 300 milhões de chineses
tem uma vida relativamente folgada se comparada com seus ancestrais mais
recentes. Inadvertidamente o surgimento desta camada social ameaça o poder da
elite que se perpetua na cúpula do país. Os eventos ocorridos no final de 2022
conhecido como “folha em branco”, foi um alerta de que esta força existe e está
latente no sob o mando da estabilidade social.
Ao elevar esse contingente de cidadãos a condição de
consumidores globais, que de uma maneira ou outra têm contato com o modo de
vida ocidental, a estrutura política criou para si uma força de oposição que
precisa ser controlada e mantida em um nível de satisfação condizente com seus
desejos.
A retomada do ritmo da economia chinesa tem esbarrado no
modelo de desenvolvimento que vinha sendo impulsionado. O apoio as empresas de
infraestrutura e as desenvolvedoras imobiliárias já não traciona todo o comboio
econômico. O ritmo de crescimento econômico perdeu seu folego. A velocidade de
transformação da economia será mais lenta e emperrada.
Este cenário pode esbarrar na insatisfação social dos que
não atingiram o nível de consumo estável e pressionar os que estão na camada intermediária
da estrutura. O ritmo menor do desenvolvimento econômico e social, vai criar
como ocorre em toda sociedade desenvolvida, os bolsões de pobreza, com
indivíduos que não tem condições mínimas de sobrevivência, mas que desejam
estar em um universo mais dinâmico e brilhante, as chamadas favelas urbanas.
Este fenômeno, se já não estiver acontecendo, ocorrerá em breve na sociedade chinesa, não posso afirmar que já ocorra por não ter dados que corroborem minhas teorias.
Este quadro da sociedade chinesa, causará uma derrocada na
economia global. O modelo que vinha sendo estabelecido era embasado no ritmo
crescente que o país oriental vinha se desenvolvendo. A concentração da força
produtiva na região é uma consequência deste modelo nefasto para toda economia global.
O impacto logístico vivido no período 2020/22, mostrou a urgência
de um novo modelo de desenvolvimento global. A descentralização das estruturas
produtivas é fundamental para contornar uma ruptura abrupta dos suprimentos. A
criação de novos players é necessária para um sistema equilibrado e livre de
gargalos.
A disputa pela liderança está aberta, a questão que vivemos
hoje é que os potenciais lideres estão tão exaustos como os demais membros da
revoada social. Não há jogador com força suficiente para impulsionar o voo rumo
a nova realidade socioeconômica. Viveremos um tempo de penumbra e desorientação.
Enquanto os líderes se digladiam na ponta o bando perde
ritmo e eleva o nível de exaustão, esta condição força os membros a abandonarem
a caminhada e a escolherem paradas antes do objetivo.
A desestruturação social que vivemos é decorrente desta
etapa do processo de reformulação do modelo piramidal. A disputa pela troca de posições
entre os intermediários e os ponteiros tende a contaminar toda a estrutura com
insatisfação e discórdia. Uma verdadeira torre de Babel.
Enquanto não houver o reconhecimento de que alguns já não
são capazes de liderar e que outros ainda precisam de orientação para assumir a
ponta, o desarranjo permanecerá em toda a estrutura.
Se o consenso entre as forças ponteiras e intermediárias não
for encontrado a destruição de toda a sociedade vai ocorrer. O fim trágico da
humanidade está sobre os ombros dos homens que lideram este momento da
história. Necessitamos de que o pensamento equilibrado e a sabedoria reinem nas
mesas de negociação política e econômica do planeta.
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postagens mais visitadas
Postando boas orientações.
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos

Compartilhei.👏
ResponderExcluirObrigado por sua colaboração. Espero que tenha lhe acrescentado algo de informação.
Excluir