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Julio Damião sempre abrindo os olhos do mercado

  Júlio Damião Júlio Damião • 1º • 1º Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / Estrategista em Finanças / (CEO) IBEFMG / Conselheiro Independente / London Stock Exchange (LSEG) - Refinitiv/ Mestrado (Business) / Professor (Compliance) / 1 h • Editado •  1 h • Editado • Tecla SAP:  A Evergrande (> Incorporadora imobiliária da China) entrou com pedido de falência nos EUA. Esta semana tivemos a notícia de que o presidente do conselho foi colocado sobre vigilância (preso em casa), e que as negociações das ações foram canceladas em Hong Kong. As ações já desvalorizaram 98%. A empresa acumula dívidas de U$ 340 bilhões (R$ 1,7 Trilhão) = Petrobras (R$ 471 Bi) + Vale (R$ 301 Bi) + Ambev (R$ 205 Bi) + Itaú (R$ 243 Bi) + Bradesco (R$ 140 Bi) + BTG (R$ 124 Bi) e BB (R$ 135 Bi) Juntas... Tem mais de 1.300 empreendimentos e 200 mil funcionários. As agências de risco ...

A mudança da moeda. Quanto vale o seu quinhão.

O dólar perdeu seu poder?

David Mark - Pixabay

Este mês de agosto promete grandes reformulações no jogo de poder global.

Já são dezessete meses de uma guerra que parece não ter tempo para acabar.

A tão alarmada recessão parece se mostrar com a contração das exportações chinesas.

Hoje o mercado financeiro global foi impactado pela notícia da taxação dos bancos pelo governo Italiano, sobre as margens elevadas de lucros resultantes da política de aumento dos juros do mercado.

No mercado americano a notícia do rebaixamento no nível de confiança sobre os títulos do governo segue impactando a economia local. Agora um grupo de bancos menores teve suas notas de crédito rebaixadas por uma das grandes agências de risco.

É esperado para este mês a reunião de cúpula dos Brics, que segundo rumores, deve anunciar uma nova “moeda” de precificação do mercado entre os membros. Se esta notícia se confirmar o abalo na instituição “dólar” deve sacudir ainda mais as finanças globais.

Todo este cenário recessivo se deve à falta de confiança dos cidadãos em seus governos.

A retração da economia chinesa está calçada pela incerteza do cidadão de que ele não terá liberdade de aplicar suas economias em seus interesses. As mudanças impostas pela política de Xi, que visam a “prosperidade comum”, elevaram o temor de um estado ainda mais controlador e intervencionista.

Uma das medidas implementadas parece não ter qualquer relação como a economia. A restrição sobre as empresas de educação complementar ocorrida em meados de 2021, impactou fortemente o setor, deixando fora do mercado alguns milhares de profissionais que atuavam neste seguimento através de empresas especializadas em aulas de reforço. A queda dos níveis de prestação de serviço ocorrida foi grande, uma vez que as empresas que continuarem atuando devem se declara como sem fins lucrativos.

Além da massa de profissionais que perderam seus sustentos, pais e jovens ficaram temerários de suas liberdades. 

O que vinha ocorrendo neste mercado é que os jovens vinham tendo uma crescente “ocidentalização” de seus hábitos, com o uso livre de internet, introdução de novas maneira de pensamento, e a construção de uma cultura mais liberal e autônoma. Ao podar este galho na arvore social, o governo lançou sobre todos, o temor dos tempos de controle e repressão violenta que ainda assombra os mais idosos em uma sociedade que tradicionalmente reverencia seu passado.

O medo e a incerteza do futuro causam no cidadão comum, retração, instinto de preservação e acumulo de recursos, contraindo a economia e debilitando o sistema financeiro, impedindo a fluidez de recursos de maneira constante para irrigar o rio da geração de riquezas.

Este movimento inverso, se avoluma constantemente causando as recessões e as depressões econômicas que trazem tempos negros e miséria por toda a parte.

A incerteza e o medo do cidadão quanto as ações dos governos, tem causado esse impacto negativo na economia. A incompetência e a tirania têm rondado os salões governamentais.

Nunca na história da humanidade vimos tamanha sorte de dirigentes ineptos e tirânicos, que lançam mão de atos coercivos e imperiosos na “defesa” da bandeira de proteção aos mais frágeis.

Nunca nos tempos modernos a democracia esteve tão aviltada em sua forma e objetivo. Hoje vemos povo e seus representantes em lados opostos de uma contenda que a cada dia oprime toda a sociedade.

Este cenário de batalha tem deixado sequelas, como vemos nos combates em regiões como Síria, Gaza e Ucrânia, ou em protestos nas ruas de Paris, ou revoltas nos campos da Holanda.

A tirania e a opressão têm levado a economia global ao desarranjo e ao caos, impondo regras e limites que impedem o desenvolvimento do cidadão comum.

Devemos sim, melhorar nossa performance de consumo e uso dos recursos naturais, porém não podemos deixar a margem aqueles cidadãos que ainda não atingiram o grau de desenvolvimento para se adequarem ao novo modelo que vem sendo imposto sem levar em conta as características de cada grupo social local.

A mudança para uma economia “limpa” é necessária, não apenas pela pegada de carbono, mas por uma qualidade de vida mais condizente com a fragilidade da vida sobre o planeta.

Impor o caos com o objetivo de eliminar os que não são habilitados a viverem no novo modelo, é no mínimo, um ato de crueldade insana. A economia 4.0 como vemos no futuro, tem deixado de lado uma grande parcela da população, removendo-os do sistema produtivo e os abandonando ao longo das margens da história.

Esta massa que trabalhadores que hoje frequentam as ruas de todas as cidades do planeta, vagando sem rumo como zumbis sociais, nãos são restos de seres humanos, são trabalhadores que ficaram obsoletos e estão sendo descartados em busca de um lucro infinito e insano.

A sociedade do planeta chegou a um ponto sem volta, ou encontra uma forma de viver em que todos possam ter utilidade e aplicação ou teremos tempos sombrios e dolorosos a frente.

A busca por uma nova organização que equilibre as forças de poder no cenário global é fundamental para a sobrevivência da humanidade. O surgimento de um novo padrão de troca pode ser uma das portas para a distribuição da riqueza acumulada por séculos nos centros das antigas metrópoles sediadas no eixo Norte Atlântico. O recente discurso de um dirigente africano em conferência realizada na França, deixa claro o que é necessário. Em seu discurso, ele lembra que todos somos iguais e, portanto, não devemos tratar uns aos outros como menores ou subalternos, a África serviu ao mundo sendo escravizada para a construção dos castelos que abrigam as dinastias europeias, e não pode continuar sendo tratada como fonte de recursos inesgotáveis para seus senhores.

O mundo em desenvolvimento reclama por seu lugar à mesa, e se esta mudança não ocorrer, toda a sociedade global sofrerá as dores de uma guerra insana e cruel. 

Comentários

  1. 👍👍👍👏👏👏

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    1. Obrigado. Explore os textos do arquivo. Conheça as demais paginas do blog. Senta aqui que vou te contar e Martelo de Pau.

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