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O voo do gafanhoto. A nova revoada vai acontecer?
Recursos a exaustão.
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| Christel SAGNIEZ - Pixabay |
A globalização unificou o mundo de hoje, não é mais possível viver sem interagir com outras realidades e culturas.
Moradias abandonadas ou terrenos vazios em grandes cidades
industriais americanas, são o resultado da desindustrialização por que passou
estas comunidades.
O que vimos nas últimas décadas foi um movimento de
transporte de postos de trabalho de um lugar para outro.
O suposto boom de desenvolvimento que impulsionou a economia
global, através da arrancada econômica vivida na China, chegou ao seu final.
Não foram novas fronteiras que foram abertas, foram trocas
de endereços que ocorreram.
Esse período, favoreceu a dispersão de crédito barato em
todo o globo.
A defasagem de salário que havia entre trabalhadores do
ocidente e do oriente, foi a folga de capital que foi queimada nesse período,
não foi um ganho real de riqueza.
A redução dos preços que ocorreu nesse período promoveu a
facilidade de acesso de milhões de consumidores aos bens produzidos pelas
industrias chinesa.
Inicialmente a qualidade destes produtos era proporcional a qualidade da mão de obra que os realizava. Com o passar dos anos, esta
qualidade foi se elevando e consequentemente foram necessários a elevação da
capacitação e da remuneração destes novos trabalhadores.
Esta trajetória tem sido a espiral do gafanhoto, onde ele começa
copiando o que existe no mercado a um preço inferior e qualidade consequente,
aprimora sua competência, eleva a qualidade, exige melhor retorno, e posteriormente
assume o controle e exige o máximo de retorno. O que acontece nesse modelo é
que para ele conseguir continuar o seu ganho eterno, ele necessita de uma nova
defasagem de potencial para reiniciar o ciclo. Assim foi com o desenvolvimento
vivido pelo Japão no pós guerra.
Assim tem sido o modelo usado mesmo antes dos descobrimentos
da américa. Invade, explora, deplora e abandona.
Os sinais que demonstram este modelo podem ser vistos nas
imensas áreas desurbanizadas de algumas cidades norte americanas. Detroit é um
exemplo clássico, de uma pujante metrópole nos tempos áureos da indústria automobilística
americana com cerca de 1.840. mil moradores, para um fantasma de pouco mais de
600 mil atualmente. As bucólicas vilas italianas que hoje pagam para encontrar
moradores dispostos a ocuparem suas ruas, também demonstram esta remoção de
ocupação e consequente desenvolvimento.
A “criação de riqueza” ocorre apenas quando pegamos uma
porção de algo e através do trabalho, remodelamos esse algo em uma nova forma e
função, dando a este novo objeto ou ideia um ganho de potencial, isto é agregar
valor. Um quilo de farinha, dois ovos,
uma xicara de leite e um punhado de fermento sozinhos, não são um bolo, para
que tenhamos o prazer de saborear uma guloseima fantástica, é necessário que
alguém a organize de tal forma que se obtenha esse resultado. Mas se esta
habilidade for transportada para outra localidade eu pergunto onde estará a formula
para realizar novamente a delícia que saboreamos.
No meu entender o que ocorreu com o processo de globalização
foi exatamente isto. Moveu-se a capacidade produtiva para uma outra localidade
onde os insumos e a habilidade tinham preços inferiores ou falsamente reduzidos
para que todos pudessem consumir a guloseima em condições mais acessíveis.
O processo de queda de valor de um bem se deve a alguns
fatores. A melhoria no sistema de elaboração deste bem, a multiplicação de
pontos de confecção, maior disponibilidade de insumos, melhor desempenho dos
realizadores e maior proximidade entre a elaboração e o consumo.
Então a globalização deveria ter ocorrido na multiplicação
de unidades produtivas e na disposição de acesso aos novos consumidores,
preservando e modernizando as unidades existente e criando novos universos
produtivos e de consumo, evitando a migração de capacidade produtiva para as
novas fronteiras.
Este foi o grande erro no modelo que funcionou até a atual
crise. A migração da capacidade produtiva para novas fronteiras e a morte de
postos de trabalho na geração de riqueza.
Não havia outro resultado a que se esperar desta manobra.
Não houve ganho de função e resultado, o que ocorreu foi o achatamento do patamar
de geração de riqueza. O empobrecimento geral após a exaustão do modelo. O
gafanhoto necessita de nova plantação para saciar a sua sanha de consumo.
Muitos morrerão e alguns sobreviverão para a nova revoada.
Caso não mudemos o atual modelo de organização social e econômica, o resultado desta crise será uma nova crise no futuro. Isto é chamado de clico de mercado.
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