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Quem sou eu? – A pergunta diante do Bloco dos países emergentes.
Reunião dos Brics.
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| kirill_makes_pics - Pixabay |
A dinâmica política internacional, chegou a um ponto muito
importante para toda sociedade humana.
Quem seremos nós de agora em diante?
A reunião dos líderes do Brics, que ocorre esta semana de
agosto de 23 em Joanesburgo, África do Sul, tem uma relevância enorme no traçado
da geopolítica contemporânea.
Os efeitos da reunião de Bretton Wood, ocorrida no final da
segunda guerra mundial, criaram uma sociedade plural e dinâmica. Este resultado,
criou novos e importantes players na economia mundial.
A queda do muro de Berlin, não foi apenas um marco político,
ele foi o início da multilateralização das forças econômicas e políticas no
planeta.
A quebra do bloco soviético, recuperou a unidade alemã,
libertou as nações que estavam presas a cortina de ferro, e abriu novos
mercados para empresas ocidentais.
Esta transformação da geografia europeia, permitiu um afluxo
de trabalhadores para os países mais desenvolvidos do bloco europeu, barateando
a mão de obra e multiplicando o crescimento da economia. Estes novos cidadãos
europeus, estavam havidos pelos hábitos ocidentais e dispostos a trabalharem muito
por essa conquista.
Mesmo a Rússia, berço político do bloco soviético,
experimentou um ganho de mercado para suas principais commodities. A entrada de
divisas através da consolidação de uma extensa rede de distribuição de petróleo
e gás, garantiu recursos para uma rápida recuperação da economia do país. Esta
nova fase econômica, permitiu a retomada das ambições políticas de super
potência adormecidas com a queda do bloco soviético.
A expansão dos interesses econômicos e políticos esbarrou na
disputa por fatias da economia russa. O interesse de grupos ocidentais de levar
o modelo da nova sociedade para o leste europeu, incomodou o grupo que vinha
ascendendo ao poder nos territórios de influência russa, assim como o ocidente
estava incomodado com a crescente influência dos países do oriente nos círculos
de poder ocidental.
A transformação ocorrida na China, é produto do forte
interesse econômico do ocidente, sobre a disponibilidade de mão de obra barata
e de um mercado praticamente virgem em relação ao modelo ocidental de
consumo. O rápido crescimento vivido
pelo país, alimentou ideias de uma China moderna e ocidental em seus costumes,
porém, a estrutura política e social chinesa, organizou o processo visando a
preservar seu poder e a gerencia desse modelo de crescimento, transformando o
país em um gigante fora dos tentáculos ocidentais.
Estes acontecimentos criaram um grupo incomodo para os padrões
coloniais vigentes no pensamento ocidental.
O avanço do Brasil como uma potência agrícola, a partir da década
de 1970, foi outro fator que desagradou ao comando da economia global. O desenvolvimento
experimentado pelo setor agropecuário ocorreu a partir do investimento em
tecnologias criadas de estabelecidas para as condições de solo e clima da
região. Ao mesmo tempo que este novo horizonte foi incomodo ele foi fundamental
para o incremento e barateamento da economia global vivido nas últimas décadas.
Hoje o país lidera alguns seguimentos dos mercados de commodities globais, devido
ao peso dos seus níveis de produção, diversidade e potencial de crescimento de
sua produtividade.
A especialização e expansão dos setores da química de base e
da tecnologia da informação, colocou a Índia como importante reduto destes
insumos e serviços. O mercado de consumo ainda abaixo dos padrões ocidentais
posiciona o país como um novo celeiro de crescimento econômico para as próximas
décadas. O avanço tecnológico de alguns setores, como no ramo espacial,
demonstra que a Índia pode ser a nova fronteira do desenvolvimento global em
futuro próximo.
Estando na ponta sul da África, Joanesburgo, olha para os
dois lados do mundo, despontando como uma das lideranças no continente
africano, a proximidade do país com as potências ocidentais, o coloca na posição
de interlocutor com os blocos ocidental e oriental.
O modelo político, econômico e social que reinou em todo globo
no último século, hoje é contestado. A influência das dinastias Euro Americanas,
perdem força com o surgimento de novos centros de poder. A transformação
experimentada em certas regiões do oriente médio, criou novas metrópoles no
meio do deserto. O dinheiro ganho com os petrodólares desde a reforma americana
na década de 1970, transformou a cultura do beduíno do deserto. Poderosas
forças econômicas da região hoje alimentam grupos de investimentos que vão
desde arranha céus em grandes metrópoles, a investimento em infraestruturas para
produção de alimentos no interior da América Latina.
Tudo isto desestabilizou a harmonia reinante entre os
poderosos do mundo. O modelo já não serve a todos os interessados. Novos comensais
batem a porta do salão principal. Estes novos membros reivindicam seu lugar no
banquete. O poder que eles portam em suas mãos é o de retirar os serviçais e negar
o fornecimento da comida no salão nobre. Os lampiões podem se apagar a qualquer
momento do baile caso não haja o reconhecimento desta nova força global.
A qualidade destes novos líderes deve ser testada nesta nova
reunião que acontece em Joanesburgo. Se surgir consenso e harmonia destes
eventos, o confronto entre o estabelecido e o pleiteado ocorrera, os sinais na
economia e na política, é de que, este debate veio para encontrar uma nova
configuração no poder global. Não há mais como, a mesa continuar apenas com sete
poltronas. Se o grupo dos Brics, se ampliar e se fortalecer, a liderança global
pode rapidamente mudar de mãos e uma nova visão de mundo teremos que enfrentar.
A história humana, já contou a ascensão e queda de grandes
impérios, mas, sempre uma nova onda se projetou sobre os velhos territórios e
as novas conquistas. O momento em que estamos não deve repetir a este modelo de
ressurgimento, não há mais territórios a serem conquistados, por todo o planeta
há níveis de sociedades. Então não há um só reino a se subjugado sem um
conflito. Teremos que encontrar uma nova maneira de integração das sociedades, de
seus hábitos, seus costumes e suas particularidade. Hoje apenas três caracteres
de uma mesma letra, reúnem as pessoas distantes. W.W.W, simples assim. Não há
mais impérios, somos todos humanos, respiramos e ......., como qualquer outro.
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