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Tempos de mudança. Acumulo de energia para o evento.
Sinais no horizonte.
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| Oleg Gamulinskii - Pixabay |
Na expectativa da divulgação da ata da última reunião do FED,
o mercado digere as notícias negativas vindas do oriente.
As informações de que as finanças chinesas não estão tão bem
como se imaginava, abala os investidores em todo o mundo, o peso do país na
economia global, interfere profundamente no equilíbrio dos principais mercados
desenvolvidos e emergentes.
A reavaliação da qualidade dos títulos dos EUA, agora se
alastra para o seu sistema financeiro interno. As agências de risco, ameaçam
reclassificar importantes instituições do país.
A deriva em que se encontram economias como, China, EUA,
Reino Unido, Alemanha, França, Brasil, Argentina, traz preocupações aos centros
de decisões espalhados pelo mundo.
O que parece preludio do caos, é apenas a reorganização das
forças na mesa de decisões.
Nenhum dos players está em condições de impor seus
interesses, tudo está no plano das negociações e arranjos políticos e
comerciais. A formação de blocos laterais, tem sido a maneira como os lideres
tem trabalhado para conseguir levar a frente seus objetivos.
A crise desencadeada em 2020, libertou vozes que vinham a
muito tempo silenciadas.
O abandono sentido por países do continente africano, no socorro
as vitimas do caos sanitário ocorrido naquele ano, reacendeu a indignação e a
revolta contra a exploração que a região tem sido alvo nos últimos séculos.
Na busca por domínios e fontes de recursos, os países centrais,
tem fomentado está “insubordinação”. Ao conquistarem voz no conjunto de nações,
os países locais tem compreendido sua capacidade de também questionar as condições
dos acordos de cooperação, equilibrando interesses. Ainda estão iniciando nesta
seara, mas diante do que viveram no passado, isso já é um grande avanço.
Para se ter uma noção do que vem acontecendo no mundo, uma
montadora vietnamita de carros elétricos, depois de abrir seu capital na bolsa
americana NasDaq atingiu valor de mercado superior as tradicionais Volkswagem,
Ford, GM e BMW, ícones do velho mercado americano e europeu.
Este tipo de impacto tem abalado as estruturas tradicionais
de poder. A reorganização de forças está em curso.
O conflito no leste europeu, segue em compasso de espera,
recentes ataques aos portos ucranianos, tem elevado os temores de uma nova
corrida nos preços de algumas comodities oriundas da região.
A Ucrânia vê a janela de verão se fechar diante de uma
contraofensiva que não resultou em grandes avanços na retomada de seu
território. Os dois lados do conflito já iniciam preparativos para um novo período
de inverno que se aproxima.
A Europa voltou a sentir o impacto nos preços do gás,
produto fundamental para o fornecimento de energia.
No final deste mês de agosto de 2023, o grupo dos Brics e
mais cerca de trinta países, ameaçam lançar um novo indexador de negócios,
atrelado ao valor do ouro, para fazer frente a ameaça que se tornou o dólar usado
como arma de combate. O temor de também ser alvo de restrições ao acesso as
reservas internacionais, acelerou o apoio a iniciativa tomada pelo grupo de emergentes.
Com os acontecimentos dos últimos três anos iniciamos esta
nova década tão decisiva para os rumos da humanidade.
Estas pressões políticas e econômicas, repercutem as tensões
que desde 2010/13 vemos espalharem-se por diversos países.
Caminhávamos para um modelo de sociedade em que o indivíduo
seria apenas uma peça na engrenagem de moer vidas, mas algo agiu como areia na
graxa, e agora sentimos que todo o mecanismo vibra em descompasso, e reverbera por
todo o globo.
A desaceleração que agora se mostra visível na China é um fenômeno
muito superior as condições econômicas e financeiras que foram negligenciadas durante
o processo de super industrialização que o país experimentou a partir de 1970.
Ela é decorrente de uma nova realidade social que o novo consumidor está
experimentando. Os trezentos milhões de chineses que conquistaram a condição de
consumidores nesse período, agora sonham com a liberdade de desfrutar desta
nova posição e temem perder esta possibilidade diante da incerteza política
que representa a ascensão de seu atual líder.
As diretrizes adotadas nos últimos dois anos, demonstram uma
preocupação do poder central de impedir a ocidentalização dos hábitos e
costumes do cidadão comum. Este fenômeno poderia impulsionar movimentos de
insatisfação com as regas políticas e de conduta social que ainda imperam no
país.
Esta postura mais autoritária por parte dos dirigentes
políticos, tem sido vista em outras nações outrora ditas liberais. Países como,
Nova Zelândia, Australia, Canada, Alemanha, Argentina, experimentaram durante o
período da crise sanitária, condutas antes inimagináveis em suas sociedades, em
termos de restrição as liberdades individuais, sendo que na esteira destas condutas
outras imposições tem sido adotadas em diversos outros países, desde esse
período.
As sociedades demonstram repudio ao avanço de medidas
restritivas e limitadoras. Agricultores holandeses, foram as estradas com seus
equipamentos diante de imposições de limitações as suas atividades.
Todo este acumulo de energia vem crescendo e promete uma
brutal transformação no modo em que nos relacionaremos no futuro, seja socialmente,
politicamente, diplomaticamente ou na economia.
O processo já se iniciou e está em curso, resta nos apenas,
entender como ele ocorre, qual a nossa posição e quais condutas devemos adotar
para sobreviver ao furacão que se forma no horizonte.
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