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Movimento de gigantes. O reposicionamento das forças globais.
De Gulliver a Caterpillar.
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| Francesco Bovolin - Pixabay |
Em minha infância tive a oportunidade de ler um dos livros
que narra as aventuras de Gulliver. Um aventureiro que se envolve com mundos fantásticos
e que num deles é visto como uma gigante aberração ameaçadora.
Em meu imaginário infantil, eu não compreendi que a
narrativa era uma velada crítica ao sistema reinante na época de sua criação.
O autor trás naqueles contos sua visão do momento socio político,
tecendo críticas ao estabelecimento geral.
Eu me pergunto, o que está alusão, tem a ver com o que pretendo descrever abaixo?
Talvez a imagem de gigante que Gulliver
imprime em uma das partes de suas aventuras.
O impacto causado pela crise desencadeada em dois mil e
vinte, pôs em movimento gigantes da economia global.
O modelo anterior que estava baseado na energia a partir do uso
de combustíveis a base de carbono, vinha sendo substituído por uma nova ideia,
as chamadas fontes de energias renováveis.
Com o advento da crise e o prolongamento do quadro caótico
resultante, decorrente do conflito na Ucrânia. O mundo se viu refém de um
modelo concentrador e totalitário.
Esta realidade, alarmou os dirigentes e governantes. A
excessiva dependência de fontes únicas de energia e de produtos manufaturados, mostrou-se
extremamente perigosa para a existência de nações e empresas. Esta compreensão disparou
a busca por novas fontes e fornecedores, mais amistosos e controláveis.
Na disputa pelo controle destas novas fontes, o embate entre
os grandes jogadores, mostrou a fragilidade no poder exercido pelas metrópoles que
atuavam na geopolítica, trazendo ao centro das disputas novos contendores, que se
mostraram resilientes e dispostos a desafiar o modelo estabelecido.
Esta nova condição, obrigou uma corrida na busca de
reposicionamento de “armas” e o controle de pontos estratégicos.
A “indústria” do investimento já dá sinais de realocação de
forças. A implementação de novas estruturas da indústria de base é um sinal
claro dessa nova trincheira da batalha pelo poder.
O esfacelamento do grupo de países Africanos controlados
pela França, conhecido como África Ocidental, desenha a tomada de uma nova fronteira
na batalha pelo controle das riquezas da região.
O continente rico em reservas naturais, vinha sendo explorado
e mantido em subdesenvolvimento para que não houvesse um despertar na região. Os
interesses de liberar estas fontes, criou um fluxo de recursos e apoios que tem
levantado vozes e instigado a tomada de poder por forças locais, com o objetivo
de reter para si os recursos e o resultado de sua exploração.
A indústria de mineração já se movimenta nos bastidores para
suprir a nova onda que está por vir. As aquisições e fusões, aproveitam a queda
dos ativos decorrentes da atual desaceleração para estabelecer novos fronts de investimento
visando atender a demanda vindoura.
Um novo boom de desenvolvimento se desenha a frente. O esgotamento
do modelo anterior é visível e real. A demanda por energia e novas tecnologias
deve alavancar esta retomada do desenvolvimento que se avizinha.
A desaceleração que estamos experimentando é como o recuo
das ondas de um tsunami. Aqueles que estiverem posicionados e atentos ao
movimento que se desenha, surgirão como surfistas campeões desta nova era.
A reorganização dos polos produtivos e a decorrente batalha
por novos consumidores, irá implementar um avanço tecnológico sem precedentes
na história. O salto qualificativo e quantitativo será descomunal na vida
cotidiana.
A indústria de petróleo que vinha sendo massacrada e contraída,
deve experimentar um grande salto em suas tecnologias e processos produtivos,
visando o melhor aproveitamento dos recursos já existentes. A demanda por
energia impulsionara, também a mineração em busca de novos materiais e maneiras
menos destrutivas de extrair os recursos disponíveis.
Mesmo que enfrentemos uma redução populacional nas próximas décadas
o consumo de energia deve se multiplicar em números elevados. A automatização e
a criação de novos equipamentos e funções demandará a cada dia uma quantidade
maior de insumo energético.
O mundo dito do futuro. será repleto de pontos de consumo
energético, pressionando a demanda por novos materiais e novas fontes destes
primordiais recursos.
Observar estes movimentos, é crucial a aqueles que buscam
uma nova vida. A transformação vindoura, exigirá de todos um novo
posicionamento diante de suas convicções e verdades.
Os bastidores dos mercados fervilham de movimentações estratégicas.
O que vemos nos gráficos, analises e notícias não é a verdade do que vem
ocorrendo. O poder já foi remodelado, o que estamos vivendo é apenas a
realocação dos atores coadjuvantes. Os protagonistas já têm a sua marcação no
palco. Agora nos resta aguardar a abertura das cortinas para vermos os atores
que foram escalados para a peça.
A grande incógnita da plateia é se Gulliver estará deitado
sobre o oleado do palco, rendido entre pequenos combatentes, ou soberano e
altivo com sua cabeça entre as luzes das maquinarias do teatro global.
O que nos aguarda é um mundo novo e diferente, que exigirá
uma grande capacidade de adaptação por aqueles que sobreviverem a esta era, descortinando
uma nova realidade a ser vivida pelas novas gerações.
Cabe a cada um construir o momento em que vivemos.
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